O desemprego bateu na porta de mais de 13 milhões de brasileiros. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa de desempregados subiu 12,7 %, no trimestre encerrado em março. A Bahia possui uma das maiores taxas de desemprego do Brasil e está acima da média nacional. Segundo o IBGE 18,3% da população baiana está desempregada. Essa realidade afeta diretamente a economia do país. Com menos emprego temos menos renda e dinheiro circulando e consequentemente menos consumo. E haja fôlego para sair dessa situação. A qualificação profissional e o networking são alternativas para se recolocar no mercado de trabalho mas basta só isso? Tem algo nesse jogo que influencia diretamente na maneira como os desempregados enfrentam a situação: a questão emocional.
A inteligência emocional é um dos fatores que influenciam no sucesso profissional. Está entre os 80 % de fatores que contribuem para que o profissional atinja as metas traçadas sendo que os outros 10 a 20% corresponde ao quociente intelectual. Ela permite o desenvolvimento de competências técnicas necessárias para o profissional. De acordo com a analista comportamental, Esbela Neves é preciso ter em mente que o sucesso ou fracasso dependem das nossas atitudes e comportamentos em relação ao que está posto. O profissional deve fazer uma auto avaliação, conhecer um pouco mais sobre o seu perfil comportamental, entender seus valores e ter clareza da sua missão, do seu propósito no mundo. Isso para que não venha a viver uma vida idealizada por outras pessoas ou pela sociedade. Por isso devemos analisar os caminhos que foram percorridos e aqueles que pretendemos caminhar pensando no futuro. Isso tudo faz parte da Inteligência Emocional. Ana Cláudia da Cruz Santos é mãe de três filho e passou 20 anos sem estudar por causa dos cuidados dedicados à família. O filho mais velho tem TDH e precisava de atenção total. Ela voltou para a sala de aula com mais de 40 anos e começou a cursar Biomedicina mas faltando menos de um ano para finalizar o curso teve dúvidas e pensou em desistir do sonho. “ Eram muitas dificuldades encontradas para que eu continuasse. O mercado de trabalho ruim, falta de concurso público para minha área, o cansaço devido a tripla jornada, tudo isso estava me abatendo e desmotivando foi quando comecei a fazer reflexões sobre os caminhos que eu estava trilhando. Foi aí que percebi as possibilidades que eu poderia segui além de descobri que eu era um exemplo de superação”. A universitária após 6 meses de meditação e autoconhecimento decidiu continuar a carreira e ser acumputurista e médica naturalista.
“Diante do desemprego e adversidades da vida temos que pensar em alternativas, em possibilidades. Pensar em como driblar a situação. Por isso reconheça suas potencialidades e fragilidades e seja um bom ouvinte”.O emocional custa muito nessa maratona pelo emprego. O custo de tempo e dinheiro muitas vezes investido na qualificação. Por isso é preciso saber para onde direcionar as energias”.