Dois policiais militares foram presos hoje (17) numa ação conjunta da 64ª delegacia policial (São João de Meriti), com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual. A Operação Sequestro S.A foi realizada em três municípios da Baixada Fluminense e prendeu os dois policiais lotados na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP Jacarezinho). Além dos mandados de prisão contra os dois, foi cumprido também um mandado de busca e apreensão contra um terceiro militar investigado.
Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar esclarece que a Corregedoria da corporação disponibilizou duas equipes da 3ª Delegacia Polícia Judiciária Militar para atuar na operação que resultou na prisão de dois policiais militares. Os dois militares estão acautelados na Unidade Prisional da Polícia Militar, onde cumprirão prisão temporária de 30 dias, decretada pela Justiça.
A Corregedoria da Polícia Militar acompanhará o inquérito a cargo da 64ª DP (São João de Meriti) para instaurar Procedimento Administrativo Disciplinar, caso fique comprovado o envolvimento dos policiais na atividade criminosa.
Sequestros
As investigações apontam que os três policiais praticavam extorsão mediante sequestro de empresários, comerciantes e até de traficantes na Baixada Fluminense. Após realizar os sequestros, eles faziam saques e compras utilizando os cartões bancários das vítimas e exigiam uma determinada quantia para libertá-las.
No dia 16 de maio deste ano, o grupo sequestrou um empresário que foi mantido em cárcere privado até o recebimento do resgate no valor de R$15 mil, joias e compras utilizando o cartão bancário da vítima. O caso foi registrado na 64ª DP que, com base nas ações de inteligência, identificou os três como os autores do crime. Após a libertação da vítima, o grupo passou a ameaçar os familiares para que não informassem na delegacia a verdade sobre os fatos.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo estaria envolvido em diversos outros sequestros a empresários e traficantes da Baixada Fluminense, libertando as vítimas após o pagamento de resgate. Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa e extorsão mediante sequestro.
Agência Brasil