O Ministro de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, recebeu hoje (28), a honraria máxima do estado de São Paulo, a Medalha da Ordem do Ipiranga, no grau Grã-Cruz. Durante a cerimônia, o governador João Doria destacou a cooperação do ministro na transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para presídios federais, ocorrida em fevereiro, e o trabalho de Moro como juiz da Operação Lava Jato.
“Essa parceria permitiu que ao 34º dia de sua função como ministro e eu como governador de São Paulo que colocássemos 22 chefes do PCC em presídios federais. Nenhuma notícia vazou, nenhuma informação foi compartilhada em sites”, lembrou Doria. O governador acrescentou que a homenagem é também um reconhecimento aos serviços prestados por Moro como juiz da Lava Jato. “Se não fosse este homem, liderando um grupo de patriotas, como juízes, desembargadores e promotores, não teríamos a Lava Jato”, afirmou.
A homenagem ocorre em meio aos vazamentos de conversas entre o então magistrado e o procurador Deltan Dallagnol, que coordena a força-tarefa, feitas pelo site de notícias The Intercept Brasil. Desde a publicação das supostas mensagens, o ministro Sergio Moro afirma que não reconhece a autenticidade dos diálogos e diz que as conversas podem ter sido “editadas e manipuladas” por meio de ataques de hackers. Para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as mensagens são indícios de suspeição do ex-magistrado.
O ministro Sergio Moro agradeceu a honraria e referiu-se à cerimônia como uma manifestação de apoio. Ele disse que desde o início da Lava Jato enfrenta ataques. “Mais recentemente, ataques recorrentes de invasões criminosas, que estão sendo investigadas. A Polícia Federal deve chegar aos responsáveis, disse.
Moro disse que, apesar dos ataques, tem recebido muitas manifestações de apoio. “Hoje, inclusive, é uma delas, embora tenha também outro objeto”.
Agência Brasil