Afastado da televisão desde o término da série “Milagres de Jesus” (Record) há pouco mais de quatro anos, Victor Fasano, 60, afirmou que não sente falta de fazer novelas.
“Saudade não tenho. Tenho de trabalhar, de estar em cena. Tudo o que está em volta disso não sei se tenho muita vontade [de retornar]. Se for personagem de galã, esquece”, afirma o ator, em entrevista a Daniela Albuquerque para o programa Sensacional, que foi exibido nesta quinta-feira (27), na RedeTV!.
O auge de carreira de Fasano na dramaturgia aconteceu ao longo da década de 1990 após retornar ao Brasil depois de uma temporada de sucesso como modelo internacional. Sua primeira novela foi “Barriga de Aluguel” (Globo, 1990), quando interpretou o personagem José Carlos de Alencar, ao lado de Cássia Kis (Ana Lúcia Paranhos de Alencar) e Cláudia Abreu (Clara Ribeiro).
“Na hora de fechar o contrato eu falei: ‘Quero que vocês tenham certeza que estou dizendo que sou modelo, não ator. Não quero que, em algum momento durante o processo, vocês venham me dizer que não sei isso ou aquilo, porque já estou dizendo que não sei e assim mesmo vocês quiseram me contratar'”, diz ele, revelando ter alertado a autora e diretor da trama, Glória Perez e Wolf Maya.
Depois de “Barriga de Aluguel”, Fasano ainda se destacou em outras produções da Globo, como “De corpo e Alma” (1992), no qual interpretava um garoto de programa que trabalhava no clube das mulheres. “Era desconfortável. Achavam que eu era aquilo e não o ator. Na rua, em todos os lugares, o pessoal passava a mão. Na gravação, às vezes, tinha que tirar a roupa e os figurantes ficavam passando a mão também. Abusavam.”
O ator lembrou ainda da atriz Daniella Perez, filha de Glória Perez, que atuava na mesma novela, e que foi morta pelo ator Guilherme de Pádua. Em 1992, Pádua e a ex-mulher, Paula Thomaz, armaram uma emboscada para Daniella Perez, e a mataram com tesouradas. O crime chocou o Brasil e o casal foi condenado por homicídio qualificado depois de cinco anos.
Pastor evangélico desde 2017, Pádua se converteu à religião em 2002, um ano depois de sair da prisão em que cumpria pena pelo assassinato de Daniella Perez. Neste ano, Pádua lançou um canal no YouTube para falar sobre religião e o sistema prisional brasileiro.
“Um drama. Não entendemos como pode ter acontecido aquilo. Um ator que convivia com a gente o tempo todo. Inexplicável. E a Glória, no momento seguinte, continuou escrevendo a novela. Ela foi uma fortaleza”, afirma o ator.
Victor Fasano rememorou ainda seu relacionamento com Maitê Proença. Os dois namoraram em 1995, quando contracenaram em “Cara e Coroa” (Globo, 1995). “Ela é linda e bacana. Uma mulher que tem posição, postura, viajada, um mulherão mesmo, apesar de ser baixinha”, brinca.
Os dois hoje são bons amigos. Durante a entrevista para Daniela Albuquerque, o programa exibiu um depoimento de Proença para o ator. “Gostei de Victor porque ele não tinha uma personalidade armada, pessoas públicas normalmente tem. Ele era puro e genuíno, achei aquilo um descanso no meio de toda aquela coisa rígida, de todo um comportamento meio previsível, e que ele não tinha. Amo o Victor e vou amá-lo a vida inteira.”
Aos 60 anos, o eterno galã ainda chama a atenção por sua boa forma física. Vira e mexe, Fasano publicou fotos em suas redes sociais mostrando abdômen trincado. Questionado se recebe propostas indecentes, ele surpreende ao dizer já ter compartilhado nudes: “Claro! Do pescoço para baixo”, confirma aos risos.
Bahia Notícias