Cerca de 38% das pessoas cadastradas para receber a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), tratamento preventivo com medicamentos antirretrovirais antes da exposição ao vírus para evitar a infecção pelo HIV, ocorreram entre janeiro e maio deste ano, segundo o Ministério da Saúde. O método tem o objetivo de conter a proliferação da epidemia da doença.
Desde que o tratamento foi disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em janeiro do ano passado, 11.034 pessoas se cadastraram para usar a PrEP. Desse total, 4.152 se inscreveram nesse período.
A PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) que bloqueiam alguns caminhos que o HIV usa para infectar o organismo. É administrada por meio de um comprimido por dia.
Esse tratamento preventivo é oferecido gratuitamente aos grupos considerados mais vulneráveis à infecção pelo HIV que são homossexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans, trabalhadoras do sexo e casais sorodiferentes, de acordo com a pasta.
Segundo o Ministério, outros critérios são levados em conta antes da indicação da PrEP, como o número de parceiros sexuais, episódios repetidos de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e utilização de outros métodos de prevenção.
Para receber a PrEP, é preciso buscar um profissional de saúde que irá avaliar sua necessidade. Atualmente, o medicamento está disponível em 94 cidades, em 22 Estados e no Distrito Federal.
De 2007 até junho de 2018, foram notificados 247.795 casos de HIV no Brasil, sendo 47,4% na região Sudeste, 20,5% na Sul, 17% na Nordeste, 8% na Norte e 7,1% na Centro-Oeste.
Nesse período, 68,6% casos ocorreram em homens e 31,4% em mulheres. A razão de sexos para o ano de 2017, foi de 26 homens para cada dez mulheres.
A faixa etária mais afetada é entre 20 e 34 anos (52,6%).
R7