O R7 ouviu o coordenador de português do Etapa, o professor Wellington Borges Costa, para saber quais são os erros mais comuns nas redações e o que fazer para evitar. Confira:
Não obedecer aos comandos da proposta, fugir do tema: É preciso entender que antes de ser uma prova de redação propriamente dita, é uma prova de leitura. É importante domar a ansiedade e dedicar algum tempo para compreender todos os comandos da proposta: “Quais ordens eu devo cumprir?” Qual o limite mínimo e máximo de linhas? Pede título? Pede-se proposta de intervenção? O tema foi apresentado em forma de pergunta? Se sim, devo respondê-la com o texto. Se não, facilita bastante o trabalho transformá-lo em uma pergunta.
Caligrafia ilegível: Cuidado para não criar dificuldades desnecessárias para o avaliador do texto. A caligrafia não precisa ser bonita, mas deve ser compreensível. Quem não escreve bem em letra cursiva, pode redigir em letra de fôrma, mas preste atenção à distinção entre maiúsculas e minúsculas. Capriche na letra.
Não elaborar rascunho: O texto é uma construção e, como tal, não admite improviso. Deve-se elaborar um projeto de redação. Selecionar ideias, argumentos, fatos, opiniões e organizar um percurso textual. Redigir o rascunho e, antes de passar a limpo, voltar aos comandos da proposta e conferir se todas as ordens foram obedecidas.
Repetição de ideias: Normalmente, o estudante ansioso e apressado que não dedica um tempo à apreensão do tema, à reflexão sobre as várias ideias possíveis de se contemplar, à organização de um projeto de texto, tende ao improviso. Forma uma ou poucas ideias sobre o tema e tende a repeti-las ao longo das linhas. Não há um itinerário, uma progressão textual. O texto fica “patinando”, como que andando em círculos em torno dos mesmos conteúdos, ainda que não repita palavras.
Períodos muito longos: Um texto deve ser dotado de ritmo, cadência. E isso se obtém quando há alternância de pausas. Além disso, frases muito longas costumam comprometer a clareza. Atenção à pontuação, especialmente ao “ponto na mesma linha”. O excesso de verbos no gerúndio, excesso de pronomes relativos (que, o/a/s qual/quais, onde) costumam ocupar um lugar na frase em que muitas vezes o ponto seria mais adequado.
R7