Desde a semana passada, os clubes do brasil e as federações estaduais receberam um ofício do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para comunicar a decisão de que gritos homofóbicos vindos das torcidas serão passíveis de punição em pontos. Desde então, os árbitros das partidas tem sido orientados a registrar na súmula caso um número considerável de torcedores tome esse tipo de atitude.
Com o objetivo de conscientizar os seus torcedores, o Bahia fará nesta sexta-feira (30) uma reunião com grupos para que os atos não sigam acontecendo nos jogos da Arena Fonte Nova. Presidente do clube, Guilherme Bellintani falou sobre o tema.
“Amanhã [sexta] a gente faz uma reunião com vários grupos, com torcidas, para alertar sobre a questão dos gritos homofóbicos. Bahia foi precursor de uma política de comunicação para torna o estádio um lugar mais aprazível a todo público, inclusive para alguém que é gay, que hoje vai com todo conforto. Então, a pessoa vai com alguém, vai com um amigo, e fica ouvindo gritos de “time de viado”. Para que isso? Que é que tem? A pessoa tem o direito de fazer as escolhas que melhor lhe convém, ou que vem naturalmente na vida delas. Dentro dessa linha, o que a gente quer é um estádio receptivo. Além disso, evitar que o Bahia sofra punições, mas isso não é o principal. A gente quer que o estádio seja um lugar confortável para todos”, explicou.
Na 16ª rodada, após o ofício do STJD ser entregue, a torcida do Vasco protagonizou um ato homofóbico ao gritar “time de veado” para o São Paulo, adversário da partida realizada em São Januário. Prontamente, o árbitro Anderson Daronco parou a partida e fez um alerta ao técnico Vanderlei Luxemburgo e aos atletas vascaínos. Agora, o clube carioca corre o risco de sofrer com a punição.
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