Segundo o governo federal, mais de 4,5 mil empresas vão participar da iniciativa, que uma parceria da Secom com o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) e, nos últimos meses, segmentos do varejo, comércio e serviços foram mobilizados.
Para o presidente do IDV, a Semana do Brasil “é um movimento totalmente suprapartidário que trará benefícios para a economia do país como um todo. Haverá incremento de consumo no mês de setembro, que será benéfico para as empresas envolvidas na campanha e, principalmente, para os consumidores”, disse em entrevista ao site do Planalto.
O coordenador do mestrado profissional em administração do Insper, Silvio Laban, diz que a Semana do Brasil é uma tentativa de incluir uma data de consumo em um mês que não há comemorações tradicionais, como é o caso de maio (Dia das Mães) e agosto (Dia dos Pais).
“O problema é a economia, que as pessoas precisam ter recurso para movimentar. A gente está em um consumo que parece estar melhorando um pouco, mas estamos longe”, afirma. Laban diz que esta é uma aposta que deve ter potencial para se repetir nos próximos anos.
“Em um contexto de economia mais pujante, nós poderíamos imaginar um resultado potencialmente maior. Agora é meio uma incógnita”, explica Laban.
A professora dos MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas) Virene Matesco diz que é preciso “olhar como uma boa iniciativa, mas tem que ter um entusiasmo mais moderado”. Para ela, o consumidor brasileiro talvez não tenha fôlego financeiro para lidar com mais um período de compras, devido à situação econômica atual.
Virene considera que uma série de fatores devem influenciar para o sucesso ou não da iniciativa, lembrando que, por ser a primeira edição, é normal que os efeitos sejam mais brandos. “Vai depender do comportamento dos lojistas, do grau de inadimplência da família e se os preços forem convidativos”, afirma Virene.
Hoje muitos brasileiros que voltam ao mercado de trabalho recebem salários menores do que no momento da demissão, o que dificulta o consumo, além de precisarem arcar com dívidas que contraíram nos momentos de dificuldade financeira.
Para o professor do Insper, a falta de divulgação pode ser um problema na primeira edição da Semana do Brasil. “É um desafio. Tem o problema de ser pouco conhecido, está pouquíssimo divulgado. Tomara que tenhamos uma super surpresa, que seja um marco da retomada para a economia.”
O professor da Escola de Negócios da PUC-Rio Augusto Costa afirma que o engajamento do setor privado será “essencial para o sucesso da empreitada, na medida em que são as empresas o principal catalizador desse processo”. No entanto, Costa diz que é prematuro esperar um resultado surpreendente na primeira edição da Semana.
“O esforço de divulgação começou timidamente em meados de julho, o que culmina em um prazo enxuto de planejamento e realização das ações promocionais, bem como para a adequada divulgação à população”, afirma Costa. Para ele, “é possível que, com o passar do tempo, os efeitos da ação sejam cada vez maiores, a exemplo da própria Black Friday, contribuindo sim para impulsionar o comércio nacional”.
Por ser uma iniciativa nova, Virene pondera que os lojistas talvez não tenham tido tempo de preparar os estoques para o evento.
A lista de empresas participantes da Semana do Brasil está disponível no site oficial da campanha.
Opinião do mercado
O presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), José César da Costa, afirma que a iniciativa chega em “boa hora”. Para ele, “as ações estratégicas de estímulo ao setor varejista são cruciais. O caminho para o crescimento econômico do país passa necessariamente pelo aumento do consumo, melhoria do crédito e diminuição do desemprego”.
Animado com a iniciativa, o presidente da CNDL diz que a Semana do Brasil “ajudará a aquecer o comércio oferecendo produtos ao consumidor com preços especiais, como acontece em outros países, como, por exemplo, os Estados Unidos, que realiza sua tradicional ‘Black Friday’ no dia 4 de julho, data que marca a independência do país”. Costa considera que a semana vai ao encontro das expectativas do setor empresarial.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) afirmou que é uma das apoiadoras da Semana do Brasil e que é positivo que aconteça em setembro, já que é um mês que não tem tradição forte de vendas.
“Após passarmos por uma forte crise econômica, o país está com dificuldades para se recuperar, e essa união do poder público com a iniciativa privada em prol de uma grande ação como a Semana do Brasil, que tem o objetivo de impulsionar o consumo interno, é muito positiva, irá movimentar a economia, e trará benefícios para todos: governo, empresários e consumidores”.
O presidente da fintech Zetra, Flavio Naufel, afirma as expectativas para a Semana são as “melhores possíveis”. “É um movimento que visa aproximar cada vez mais e oportunizar negócios”, afirma.
Para ele, “as famílias estão buscando a todo instante oportunizar o preço para o consumo” e, por isso, a Semana do Brasil tem potencial para trazer bons resultados.
R7
Segundo o governo federal, mais de 4,5 mil empresas vão participar da iniciativa, que uma parceria da Secom com o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) e, nos últimos meses, segmentos do varejo, comércio e serviços foram mobilizados.
Para o presidente do IDV, a Semana do Brasil “é um movimento totalmente suprapartidário que trará benefícios para a economia do país como um todo. Haverá incremento de consumo no mês de setembro, que será benéfico para as empresas envolvidas na campanha e, principalmente, para os consumidores”, disse em entrevista ao site do Planalto.
O coordenador do mestrado profissional em administração do Insper, Silvio Laban, diz que a Semana do Brasil é uma tentativa de incluir uma data de consumo em um mês que não há comemorações tradicionais, como é o caso de maio (Dia das Mães) e agosto (Dia dos Pais).
“O problema é a economia, que as pessoas precisam ter recurso para movimentar. A gente está em um consumo que parece estar melhorando um pouco, mas estamos longe”, afirma. Laban diz que esta é uma aposta que deve ter potencial para se repetir nos próximos anos.
“Em um contexto de economia mais pujante, nós poderíamos imaginar um resultado potencialmente maior. Agora é meio uma incógnita”, explica Laban.
A professora dos MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas) Virene Matesco diz que é preciso “olhar como uma boa iniciativa, mas tem que ter um entusiasmo mais moderado”. Para ela, o consumidor brasileiro talvez não tenha fôlego financeiro para lidar com mais um período de compras, devido à situação econômica atual.
Virene considera que uma série de fatores devem influenciar para o sucesso ou não da iniciativa, lembrando que, por ser a primeira edição, é normal que os efeitos sejam mais brandos. “Vai depender do comportamento dos lojistas, do grau de inadimplência da família e se os preços forem convidativos”, afirma Virene.
Hoje muitos brasileiros que voltam ao mercado de trabalho recebem salários menores do que no momento da demissão, o que dificulta o consumo, além de precisarem arcar com dívidas que contraíram nos momentos de dificuldade financeira.
Para o professor do Insper, a falta de divulgação pode ser um problema na primeira edição da Semana do Brasil. “É um desafio. Tem o problema de ser pouco conhecido, está pouquíssimo divulgado. Tomara que tenhamos uma super surpresa, que seja um marco da retomada para a economia.”
O professor da Escola de Negócios da PUC-Rio Augusto Costa afirma que o engajamento do setor privado será “essencial para o sucesso da empreitada, na medida em que são as empresas o principal catalizador desse processo”. No entanto, Costa diz que é prematuro esperar um resultado surpreendente na primeira edição da Semana.
“O esforço de divulgação começou timidamente em meados de julho, o que culmina em um prazo enxuto de planejamento e realização das ações promocionais, bem como para a adequada divulgação à população”, afirma Costa. Para ele, “é possível que, com o passar do tempo, os efeitos da ação sejam cada vez maiores, a exemplo da própria Black Friday, contribuindo sim para impulsionar o comércio nacional”.
Por ser uma iniciativa nova, Virene pondera que os lojistas talvez não tenham tido tempo de preparar os estoques para o evento.
A lista de empresas participantes da Semana do Brasil está disponível no site oficial da campanha.
Opinião do mercado
O presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), José César da Costa, afirma que a iniciativa chega em “boa hora”. Para ele, “as ações estratégicas de estímulo ao setor varejista são cruciais. O caminho para o crescimento econômico do país passa necessariamente pelo aumento do consumo, melhoria do crédito e diminuição do desemprego”.
Animado com a iniciativa, o presidente da CNDL diz que a Semana do Brasil “ajudará a aquecer o comércio oferecendo produtos ao consumidor com preços especiais, como acontece em outros países, como, por exemplo, os Estados Unidos, que realiza sua tradicional ‘Black Friday’ no dia 4 de julho, data que marca a independência do país”. Costa considera que a semana vai ao encontro das expectativas do setor empresarial.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) afirmou que é uma das apoiadoras da Semana do Brasil e que é positivo que aconteça em setembro, já que é um mês que não tem tradição forte de vendas.
“Após passarmos por uma forte crise econômica, o país está com dificuldades para se recuperar, e essa união do poder público com a iniciativa privada em prol de uma grande ação como a Semana do Brasil, que tem o objetivo de impulsionar o consumo interno, é muito positiva, irá movimentar a economia, e trará benefícios para todos: governo, empresários e consumidores”.
O presidente da fintech Zetra, Flavio Naufel, afirma as expectativas para a Semana são as “melhores possíveis”. “É um movimento que visa aproximar cada vez mais e oportunizar negócios”, afirma.
Para ele, “as famílias estão buscando a todo instante oportunizar o preço para o consumo” e, por isso, a Semana do Brasil tem potencial para trazer bons resultados.
R7