As bandas passarão por ruas e pontos históricos de Salvador, tocando músicas variadas, como “Lilás”, “Paz e Amor” e “Galeon”, com o uso de instrumentos como trombone, cornetas, cornetões, bombardinos, trompetes, bumbo, surdo, caixa e pratos.
Além da atenção às notas musicais, os instrumentistas se concentram em cada passo, de forma alinhado com os demais integrantes. Por isso, precisam de disciplina e atenção. A atividade ensaiada, pelo menos três vezes por semana, envolve teoria e prática musical, civismo, dança e expressão corporal. As fanfarras recebem o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed).
“Essa é uma maneira de homenagear essa data tão importante para o país. Os alunos se sentem lisonjeados e ficam aguardando o momento de entrar na avenida. É uma data muito aguardada para que eles possam mostrar o trabalho ensaiado durante o ano todo”, afirma Fernanda Siquera, responsável pelas ações de arte das escolas municipais.
Há sete anos regendo a fanfarra da Escola Municipal Barbosa Romeu, situada em São Cristóvão, Edmar Machado conta que os grupos são também um instrumento facilitador para a formação de caráter e personalidade dos alunos. “Hoje muitos jovens são atraídos para as drogas e a aproximação com a música e com a arte os afasta dessa cilada. Aqui, todos nós fazemos parte de uma família. Eles ficam muito ansiosos e orgulhosos no dia do desfile e fazem questão de convidar os familiares para assistir”, conta.
Independência – O historiador Francisco Sena ressalta que, assim como o Dois de Julho, as celebrações pelo Sete de Setembro são importantíssimas, pois trata-se de uma data nacional que simboliza o grito do Ipiranga, apesar de a independência de fato ter transcorrido em um período histórico maior. Sena explica que, mesmo com a proclamação, várias províncias ainda estavam submetidas ao governo português, como era o caso da Bahia.