A psicóloga especializada em dependência química pela USP, Vivian Weinz, explica que o alcoolismo não tem cura, mas pode ser controlado. “A recuperação precisa estar sempre em manutenção a partir do momento que o paciente entra em tratamento, porque a recaída pode se dar a qualquer tempo”, afirma.
O principal sintoma da dependência é a perda do controle e, normalmente, a pessoa só se dá conta quando o vício começa a afetar outras áreas da vida, como o trabalho, o controle financeiro e a relação familiar. “Só depois de muitas perdas importantes e significativas é que ele se dá conta de que precisa de um tratamento”, explica a psicóloga.
A afirmação “eu paro de beber quando eu quiser” é recorrente entre as pessoas que começam a apresentar sinais de descontrole sobre o consumo de bebida alcoólica. Mas Weinz alerta para o fato de que a doença é lenta, progressiva e fatal. “Começa com um uso recreativo, depois vira abusivo e, finalmente, uma dependência”, afirma.
De acordo com a especialista, há também uma predisposição genética que facilita o desenvolvimento da doença. “Pessoas que têm antecedentes históricos na família e não prestam atenção aos hábitos, podem desencadear uma dependência”, diz Weinz.
Se engana quem pensa que o alcoolismo é um problema apenas de quem sofre com a doença. Também é importante que os familiares procurem ajuda, sobretudo psicológica, para que seja possível apoiar o ente adoecido. “Em uma casa onde há um dependente químico, a família também se descontrola”, explica a psicóloga.
Esconder a bebida ou mesmo apelar para medidas mais drásticas, como quebrar garrafas ou impedir que o familiar saia de casa, não é recomendado. “O paciente entra em recuperação à medida que ele se conscientiza, o familiar não pode fazer por esse indivíduo mais do que ele próprio”, finaliza Weinz.
De acordo com Tadeu T. B., porta-voz da organização Alcoólicos Anônimos, é importante que os familiares evitem discussões com o adoecido no momento em que ele esteja sob efeito da substância. “Quando ele está alterado ou ansioso para a próxima bebida, a discussão traz resultados negativos e aciona todos os mecanismos de defesa dessa pessoa”, explica.
Léo Watanabe tem 45 anos e há 15 não consome mais nenhum tipo de bebida alcoólica. “Como a maioria dos alcoólatras, eu não me diagnosticava como um dependente. Eu bebia e parava por alguns dias, depois voltava a beber. Mas eu era compulsivo, muitas vezes bebia até não me lembrar onde estava”, lembra.
No caso de Watanabe, acompanhar a vida do pai, que também sofre com a doença, foi fator decisivo para que ele tivesse como meta uma vida sem o álcool.
“Sei que a batalha é diária, um dia de cada vez, venci o primeiro, portanto, posso vencer amanhã”, afirma.
“A informação é a arma mais eficaz, no sentido de conscientização do alcoólatra, daí pode nascer a vontade de vencer. Eu assisti a algumas matérias sobre o alcoolismo e li sobre o assunto”, recomenda.
R7
A psicóloga especializada em dependência química pela USP, Vivian Weinz, explica que o alcoolismo não tem cura, mas pode ser controlado. “A recuperação precisa estar sempre em manutenção a partir do momento que o paciente entra em tratamento, porque a recaída pode se dar a qualquer tempo”, afirma.
O principal sintoma da dependência é a perda do controle e, normalmente, a pessoa só se dá conta quando o vício começa a afetar outras áreas da vida, como o trabalho, o controle financeiro e a relação familiar. “Só depois de muitas perdas importantes e significativas é que ele se dá conta de que precisa de um tratamento”, explica a psicóloga.
A afirmação “eu paro de beber quando eu quiser” é recorrente entre as pessoas que começam a apresentar sinais de descontrole sobre o consumo de bebida alcoólica. Mas Weinz alerta para o fato de que a doença é lenta, progressiva e fatal. “Começa com um uso recreativo, depois vira abusivo e, finalmente, uma dependência”, afirma.
De acordo com a especialista, há também uma predisposição genética que facilita o desenvolvimento da doença. “Pessoas que têm antecedentes históricos na família e não prestam atenção aos hábitos, podem desencadear uma dependência”, diz Weinz.
Se engana quem pensa que o alcoolismo é um problema apenas de quem sofre com a doença. Também é importante que os familiares procurem ajuda, sobretudo psicológica, para que seja possível apoiar o ente adoecido. “Em uma casa onde há um dependente químico, a família também se descontrola”, explica a psicóloga.
Esconder a bebida ou mesmo apelar para medidas mais drásticas, como quebrar garrafas ou impedir que o familiar saia de casa, não é recomendado. “O paciente entra em recuperação à medida que ele se conscientiza, o familiar não pode fazer por esse indivíduo mais do que ele próprio”, finaliza Weinz.
De acordo com Tadeu T. B., porta-voz da organização Alcoólicos Anônimos, é importante que os familiares evitem discussões com o adoecido no momento em que ele esteja sob efeito da substância. “Quando ele está alterado ou ansioso para a próxima bebida, a discussão traz resultados negativos e aciona todos os mecanismos de defesa dessa pessoa”, explica.
Léo Watanabe tem 45 anos e há 15 não consome mais nenhum tipo de bebida alcoólica. “Como a maioria dos alcoólatras, eu não me diagnosticava como um dependente. Eu bebia e parava por alguns dias, depois voltava a beber. Mas eu era compulsivo, muitas vezes bebia até não me lembrar onde estava”, lembra.
No caso de Watanabe, acompanhar a vida do pai, que também sofre com a doença, foi fator decisivo para que ele tivesse como meta uma vida sem o álcool.
“Sei que a batalha é diária, um dia de cada vez, venci o primeiro, portanto, posso vencer amanhã”, afirma.
“A informação é a arma mais eficaz, no sentido de conscientização do alcoólatra, daí pode nascer a vontade de vencer. Eu assisti a algumas matérias sobre o alcoolismo e li sobre o assunto”, recomenda.
R7