Em 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de luta das pessoas com deficiência. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) considerou quatro tipos de deficiências: auditiva, visual, física e intelectual.
Realizado em parceria com o Ministério da Saúde, o levantamento aponta que, dentre os tipos de deficiência pesquisadas, a visual é a mais representativa e atinge 3,6% dos brasileiros, sendo mais comum entre as pessoas com mais de 60 anos (11,5%). O grau intenso ou muito intenso da limitação impossibilita 16% dos deficientes visuais de realizarem atividades habituais como ir à escola, trabalhar e brincar.
Para a coordenadora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio da Bahia, Daniella Gomes, qualidade de vida é um conceito subjetivo, já que pode ter significados diferentes para cada pessoa. Estão aí envolvidos o acesso a saúde, a educação, transporte, trabalho, lazer, relações pessoais, dentre outros. “Porém, pode-se dizer que a fisioterapia trabalha com o objetivo de dar independência funcional ao paciente. Ser independente nas suas atividades de vida diária e, além disso, ter possibilidade de ter lazer e vida digna é o objetivo de toda pessoa com deficiência. O desejo do paciente é, muitas vezes, conseguir tomar um banho sozinho, ou se alimentar sem ajuda e é aí que a fisioterapia faz o seu papel”, afirma Daniella.
O nível de melhora não pode ser definido. Isso vai depender do tipo de deficiência (física, intelectual, visual, múltiplas deficiências), da idade do paciente, da doença de base, da extensão da lesão, do tempo que levou para o socorro ser dado e da intensidade e estímulos dados na reabilitação. Para isso o fisioterapeuta deve realizar uma avaliação minuciosa no paciente e a partir daí traçar os objetivos da reabilitação e escolher as técnicas adequadas para esses objetivos sejam cumpridos.
Para Daniella Gomes, a fisioterapia pode ser realizada em qualquer idade, não existem limites. O fisioterapeuta pode tratar desde o bebê prematuro, com estimulação precoce, até o idoso com Mal de Alzheimer. “O ser humano tem uma coisa chamada de plasticidade cerebral, que a capacidade que o cérebro tem de se readaptar a novas situações e recuperar funções perdidas. E essa plasticidade existe até mesmo em pessoas com demências, como o Mal de Alzheimer”, completa a professora.
A diferença é que a plasticidade precisa ser estimulada. Se a fisioterapia não é feita, o cérebro não é estimulado. Por exemplo, o bebê prematuro vai adquirir seu desenvolvimento motor (sustentar o pescoço, sentar, ficar de pé e andar) e cognitivo mais rápido se ele fizer a fisioterapia. Da mesma forma, se a pessoa que teve um AVC não entrar em um programa de fisioterapia, pode ser que nunca mais recupere a função. Com isso, sua independência funcional fica comprometida e a sua qualidade de vida diminui.
Não há como estimar o aumento na sobrevida de quem faz fisioterapia. Vai depender de vários fatores: da doença de base, da idade, etc. Na verdade, o objetivo da fisioterapia é melhorar a funcionalidade. Dar independência ao paciente. “Ainda que seja um paciente com uma doença terminal. Não adianta ter a vida prolongada se ela acontece em um leito e na dependência de um cuidador, se não se tem qualidade de vida”, explica Daniella.
Clínica Escola
O Centro Universitário Estácio da Bahia oferece atendimento gratuito à comunidade. A Clínica Escola realiza fisioterapia em várias áreas como saúde da criança, mulher, homem, idoso, neurologia e ortopedia. Os interessados (pacientes ou acompanhantes) devem ligar para o número: 71 2107-8239, para agendamento e depois comparecer à Clínica Escola portando solicitação médica para triagem e posterior encaminhamento do paciente para o acompanhamento fisioterápico na unidade.
Sobre a Estácio
A Estácio, uma empresa da holding YDUQS, é uma das maiores e mais respeitadas instituições do setor educacional brasileiro. Há 49 anos, proporciona acesso a um ensino de excelência em larga escala e de maneira única. Está presente em 23 estados e no Distrito Federal, por meio do ensino presencial, e em todo o Brasil com o EaD, contando com mais de 500 mil alunos matriculados.
Atuante em projetos que contribuem para o desenvolvimento social e cultural do País, a Estácio promove o Programa de Responsabilidade Social Corporativa Educar para Transformar. O programa, que apoia iniciativas em cinco pilares – Esporte, Escola, Cidadania, Cultura, Inovação e Empreendedorismo – reflete o compromisso do Grupo Estácio de oferecer uma educação acessível e de qualidade e, assim, gerar um impacto positivo para a construção de uma sociedade mais justa.