O julgamento do ajudante de pedreiro Júlio César, acusado de matar a menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, está marcado para esta segunda-feira (21). Ele irá à júri popular por envolvimento no sequestro e na morte da garota, em Araçariguama, no interior de São Paulo. A menina foi vista pela última vez às 13h30 de sexta-feira, 8 de junho.
Júlio César será julgado no Fórum de São Roque, no interior de São Paulo. O julgamento contará com a presença de sete jurados, sorteados antes do início da sessão. A previsão é de que dure de dois a três dias e ocorra com base em depoimentos de testemunhas protegidas. Ele será o primeiro reú a ser julgado no caso.
Uma testemunha é considerada fundamental para o julgamento. O vizinho, Josney Terebim, que morava em Mairinque, na Grande São Paulo, afirmou que Júlio era um dos responsáveis pelo sequestro da garota. Dessa forma, a polícia chegou aos outros envolvidos, Maiara Borges de Abrantes, de 24 anos, e Bruno Marcel de Oliveira, de 33 anos.
Em maio desse anos, 11 meses depois do crime, Odilan Alves, de 36 anos, o quarto suspeito preso pela polícia, foi apontado pela polícia como chefe do tráfico em Araçariguama. Segundo a polícia, ele teria ordenado o sequestro de uma menina de nome Vitória, que seria irmã de um usuário de drogas que devia R$ 7 mil reais a um traficante. A conclusão da polícia é que a jovem teria sido confundida.
Um dos chefes dos investigadores da polícia afirmou que recebeu uma ligação da delegacia de Mairinque. Essa pessoa seria Josney, que seria próximo de Julio. Segundo o relato feito pelo telefone, Julio teria ido a Araçariguama fazer uma cobrança de drogas e lá teriam abordado uma menina.
De acordo com informações da Record TV, Josney passou meses desaparecido e na sexta-feira (18) ele reapareceu e afirmou que irá ao julgamento. A confissão seria um plano de vingança por parte do vizinho. Durante as investigações, cães farejadores identificaram o odor de Bruno e Maiara e identificaram o terreno onde viviam. “Esse pedaço da gente não vai ser reconstruído nunca mais”, disse o pai da menina.
“Entre tudo o que dizem, ele (Júlio César) conseguiu se eximir de todas as provas”, disse ele. “Desde o início participamos de tudo, de todos os passos, das audiências longes. Fazemos isso por ela o tempo todo e para conseguirmos virar essa página”, diz Beto, o pai de Vitória.
R7