“Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução. Alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies”, disse um dos expoentes da literatura brasileira, Machado de Assis. Os livros são ingressos perfeitos para viajar pelas mais diversas dimensões da nossa imaginação e, para celebrar a Semana Nacional do Livro e da biblioteca, o Campo Grande foi palco da VI Edição da Parada do Livro 2019, que é promovida pelo Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca.
Com distribuição gratuita de 40 mil obras literárias, a ideia do evento é promover a acessibilidade à cultura e conhecimento para a comunidade. “Nós estamos aqui não apenas distribuindo livros, mas, sim, levando conhecimento, dando acesso às pessoas a terem conhecimento e isso é muito importante. É uma ação que leva acessibilidade à cultura a todos de uma maneira democrática, já que todo mundo pode vir até o Campo Grande e escolher o gênero literário que mais lhe agrada”, falou a gerente de Bibliotecas da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Jane Palma.
Os 15 estandes espalhados pelo Campo Grande foram divididos por área de conhecimento: Literatura Infantil, Literatura Juvenil, Literatura Nacional e Internacional, Literatura das Ciências Jurídicas, das Ciências Exatas, das Ciências Humanas, das Ciências Médicas, dentre outros. Em todos eles era notória a presença de pessoas de todas as idades. Uma mistura de gerações, alguns curiosos, outros com olhares bem interessados.
Curiosidade – Até quem não tem muita intimidade com a leitura resolveu participar, como é o caso da estudante Tailane Gabriele Pinto Silva, de 16 anos. “Eu não sou muito de ler livros, mas, eu gosto de animes, aí a minha amiga veio comigo. Eu gostei porque é bom que incentiva as pessoas a ler. Ajuda, né?!”, disse Tailane, que levou para casa uma história em quadrinhos do personagem Naruto, do ilustrador japonês Masashi Kishimoto.
O engenheiro mecânico aposentado Paulo Carvalho Mendes, 63 anos, era uma animação só. “Eu trabalho com cultura e livros usados desde o ano de 1977. É a primeira vez que participo da Parada e estou adorando. Eu peguei alguns livros básicos sobre cinema e o Mundo Transparente, de Morris West, que é uma obra importantíssima”, contou entusiasmado.
A pequena Yasmin Gomes Câmara, de 9 anos, já entende a importância desse hábito tão importante. Aluna da Escola Municipal Hildete Lomanto, ela foi acompanhada de colegas e da diretora da unidade de ensino. “Eu tô achando muito bom porque eu gosto muito de ler. Falo com a professora sempre que ler é muito bom para aprender”, falou, garantindo um exemplar na mão.
Parceiros – As doações foram realizadas pela sociedade civil, universidades, bibliotecas e a Sociedade Unificada de Professores (SUP) que, além de contribuir com os livros, disponibilizaram voluntários para que a feira acontecesse. Cerca de 310 voluntários participaram e ajudaram na distribuição e realização das oficinas.
Participam também da Parada do Livro as secretarias municipais da Educação (Smed), da Cultura (Secult) e da Reparação (Semur), a Fundação Gregório de Mattos (FGM), Sociedade Unificadora dos Professores (SUP), União Baiana dos Escritores (Ubesc), universidades, associações, editoras e demais instituições públicas e civis afeitas à propagação do acesso ao livro e ao incentivo da leitura.