Daniel Alves continua batendo na tecla de que está no São Paulo para ajudar os outros jogadores a serem melhores. Após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense, partida em que teve nova atuação apagada, o lateral-direito disse ser um “jogador de combinação, que não vai definir algo sozinho” e que é um “salvador da pátria”, mas “alguém que faz a pátria melhor”.
– Vou cometer erros, vou cometer acertos, mas não vou desistir do meu objetivo aqui dentro desse clube. Eu sei das dificuldades que existem dentro do clube. Não sou um salvador da pátria, mas sou alguém que vai ajudar que a pátria seja um pouquinho melhor – disse o camisa 10.
– A gente sabe que gera um nervosismo estar há tanto tempo sem conseguir coisas importantes. É normal que os torcedores estejam enfadados, porque eles querem que o clube volte a ser que foi. A missão é árdua, é dura, difícil, é uma missão para aqueles que têm bastante colhão. É uma missão desafiadora, e por isso estamos aqui, para ser desafiados. A cobrança é normal. Quem não está disposto a ser cobrado não é merecedor de nenhum objetivo. Esse é um clube grande, um clube histórico, e por isso tomei a decisão de vir aqui. Sou um dos responsáveis por esse grupo, sei que a molecada às vezes sente um pouco a pressão, mas estamos aqui para ajudá-los, para fazê-los melhores. Esse é meu objetivo. Volto a insistir: não sou um salvador da pátria, mas sou alguém que faz a pátria melhor – emendou.
Daniel Alves tem sido escalado como lateral-direito por Fernando Diniz, mas aparece com frequência no meio de campo para tentar armar a equipe. Embora ainda não tenha conseguido se destacar muito – apesar de já ter dado três assistências, além do gol contra o Ceará, em sua estreia -, ele diz que se sente bem cômodo pelo fato de a equipe, com o atual treinador, ter um padrão que o permita tocar mais na bola. Ele já declarou outras vezes que, com Cuca, isso não acontecia.
– Volto a insistir, antes a gente não tinha um padrão que me fizesse participar. Sou um lateral de ofício, mas no decorrer do jogo eu ajudo na criação ali no meio de campo, sei que meus companheiros precisam de mim. Estou jogando em uma posição muito cômoda para mim, em que estou muito tempo com a bola, em que tento ajudar os companheiros, tento dar bons passes para que eles possam produzir. Isso é o que me fez ter uma carreira sólida. Sou um jogador de combinação, não sou um jogador que vai definir algo sozinho. Sou um jogador de equipe, e como tal tento sempre aportar para a minha equipe, seja no mental, seja no futebolístico, seja na qualidade, porque essa é minha especialidade. Sei onde estou, sei que o desafio é muito grande, mas sei da minha força e vou tentar contagiar meus companheiros.
O São Paulo volta a campo no domingo, às 16h, contra o Athletico-PR, no Morumbi. No momento, a equipe ocupa a quinta colocação, fora do grupo que vai obter vaga direta para a próxima Libertadores.
R7