Pesquisa feita pela Fundação Procon-SP, divulgada nesta terça-feira (12), apontou que a taxa média de juros do empréstimo pessoal ficou em 6,19% ao mês, enquanto que a do cheque especial atingiu 12,75%.
O levantamento abrange as taxas de seis instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander. As taxas coletadas estavam vigentes em 4 de novembro.
No caso dos juros do empréstimo pessoal, não houve variação na comparação com outubro, quando a taxa era de 6,1933% ao mês.
No período, o Itaú alterou sua taxa de 6,19% para 6,15% a.m., o que significa um decréscimo de 0,04 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,65% em relação à taxa de outubro/19.
De acordo com o levantamento, a taxa média do cheque especial, de 12,75%, representa uma queda de 0,01 ponto percentual à praticada pelos bancos no mês anterior.
O Banco do Brasil reduziu sua taxa de 12,49% para 12,39% ao mês, o que significa um decréscimo de 0,10 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,80% em relação à taxa de outubro/19.
A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta terça-feira (12), a redução da taxa de juros do cheque especial de 8,99% para 4,99% ao mês.
“A Caixa devolve à sociedade, e em especial aos mais humildes, os resultados recordes que teve, [com] redução para abaixo de 5% [a taxa do cheque especial]. É um banco preocupado com a igualdade, com a distribuição de renda. Isso é absolutamente matemático e meritocrático”, disse o presidente do banco, Pedro Guimarães.
“Esses juros de 4,99% ainda são extremamente elevados. Nós continuamos automaticamente estudando a contínua melhora econômica do Brasil, e poderemos continuar abaixando, mas a eventual piora também leva ao aumento”, disse Guimarães.
A Caixa divulgou ainda uma nova linha de crédito imobiliário indexado ao IPCA, com taxas a partir de 2,95% ao ano mais o IPCA, representando uma parcela 40% menor em relação ao financiamento indexado à TR.
A reportagem do R7 procurou todas as instituições financeiras que participaram da pesquisa.
O Itaú respondeu que “sempre busca oferecer a melhor relação custo-benefício para seus clientes, reforçando seu posicionamento de manter preços competitivos no mercado, sem abrir mão de apresentar qualidade em seus serviços e produtos de valor agregado”.
A Caixa enviou nota com o anúncio da redução de suas taxas. Banco do Brasil, Bradesco, Safra e Santander não responderam
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduziu, em outubro, a Selic (taxa básica de juros) para 5% ao ano.
De acordo com o levantamento, apesar de o Comitê realizar constantes quedas na Selic, o mercado financeiro em geral não seguiu a tendência, exceto um banco da amostra que reduziu a taxa de empréstimo pessoal e um banco que reduziu sua taxa cobrada no cheque especial.
R7