A forma mais comum de usar o tabaco é através do cigarro, que mata metade dos seus usuários. Existem também charuto, cachimbo, rapé, narguilé e cigarro eletrônico. Todas elas, em maior ou menor proporção, podem levar ao Câncer de pulmão.
Segundo dados do VIGITEL 2017 (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico), publicado pelo Ministério da Saúde, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 10,1%, sendo 13,2% entre homens e 7,5% entre mulheres. O percentual de universitários usuários de tabaco variou no território brasileiro: de 13,3% no Nordeste a 25,8% no Sul. A frequência de fumantes em Salvador, também segundo o VIGITEL 2017 é de 4,1%, sendo 5,9% de homens e 2,6% de mulheres. Ainda nestes grupos somente 1,1% da população fumam mais de 20 cigarros ao dia.
O tabagismo passivo é a exposição à fumaça exalada pelos fumantes e por produtos de tabaco durante a sua queima. A exposição à fumaça ambiental do tabaco está correlacionada ao desenvolvimento de doenças e agravos à saúde, mesmo de quem não fuma. A proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade não fumantes expostos ao tabagismo passivo foi de 14,7% em casa e 14,4% no trabalho em ambientes fechados. Entre os gêneros, a proporção é maior entre as mulheres em casa (11,7%) e os homens no trabalho (16,9%). A distribuição nas regiões do Brasil variou para exposição de não fumantes à fumaça em casa de 9,7% no Sudeste e 12,4% no Nordeste, e para trabalho em ambiente fechado, a situação se repetiu, sendo 12,3% no Sudeste e 16,6% no Nordeste (IBGE, 2014).
O tabagismo se encontra na causa de 90% dos casos de câncer de pulmão e os tabagistas têm um percentual de 20% a mais de desenvolver a doença. O Brasil ainda registra um elevado número de casos da doença entre fumantes. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país soma 28.220 novos casos de tumores pulmonares ao ano.
O Câncer de pulmão é uma doença silenciosa. Não se deve esperar surgirem sintomas para pensarmos nesse diagnóstico. A busca precoce na identificação de lesões pulmonares em fumantes e Ex-fumantes é fundamental. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor as condições de tratamento e cura. Quem tem câncer de pulmão pode apresentar os seguintes sintomas: tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas, como perda de peso e fraqueza, podem surgir.
Existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes.
O tratamento do câncer de pulmão inclui a cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Quando é possível, a cirurgia é feita para tentar retirar uma parte do pulmão prejudicado. “Os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, realizados por vídeo (CTVA), estão sendo cada vez mais indicados e apresentam um menor tempo de internação e o retorno mais rápido dos pacientes às atividades. Mas essa indicação vai depender de como se encontra o tumor, do tipo, do tamanho e da localização do tumor, e, claro, do estado geral do paciente”, informa. Após a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são indicadas para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue.
Outras formas de usar o tabaco – A forma mais comum de usar o tabaco é através do cigarro, que mata metade dos seus usuários. Existem também charuto, cachimbo, rapé, narguilé e, mais recentemente, o cigarro eletrônico. Os dois primeiros aumentam o risco de desenvolver câncer na boca, faringe, laringe e esôfago.
Fumar não faz mal à saúde somente daqueles que fumam. A fumaça produzida pelo cigarro prejudica até mesmo quem não fuma e os coloca na condição de tabagismo passivo, que também aumenta o risco de câncer de pulmão, infarto e doenças respiratórias. As crianças estão expostas no ambiente doméstico quando têm pais ou responsáveis que fumam dentro de casa. Elas adoecem mais de infecções respiratórias e alergias, correm risco de morte súbita da infância e aumentam as chances de se tornarem fumantes na idade adulta. A gestante, mesmo que não fume, mas esteja exposta à fumaça, coloca em risco a gestação e a saúde do bebê.