Pelo terceiro dia consecutivo, a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) está fechada. Na madrugada de segunda-feita (10), o entreposto ficou inundado com o temporal. Serão desperdiçadas 7 mil toneladas de alimentos, principalmente frutas, verduras e legumes. Nesta quarta-feira (12) a expectativa dos caminhoneiros era conseguir entregar as mercadorias, o que não aconteceu e houve protesto.
Os caminhoneiros formaram uma extensa fila com os veículos e ocuparam duas faixas da avenida Doutor Gastão Vidigal, na zona oeste da capital paulista. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) chegou e liberou a via por volta de 7h30. O problema é que a mercadoria dos caminhões não foi descarregada e, mais uma vez, eles vão voltar sem ter entrado na Ceagesp.
O caminhoneiro Cosme, a mulher e a filha chegaram de Sergipe na quinta-feira com o veículo carregado com mamão. A fruta estava verde e ele não pôde descarregar, pediram que ele esperasse até segunda-feira. Para surpresa dele, ocorreu a enchente. “Eu não conseguia colocar o pé no chão. Tivemos que sair por outro caminhão. Até agora ninguém ofereceu ajuda, não tem comida, perdemos tudo. O caminhão tem que ser guinchado e o prejuízo é de R$ 8 a 10 mil”, avalia Cosme.
O prejuízo contabilizado pela Ceagesp é de R$ 20 milhões em alimentos perdidos na enchente. Ainda há 4 mil toneladas de mercadorias que ainda não se sabe se será possível comercializar. O diretor-presidente da Ceagesp, Johnni Hunter Nogueira, disse que a população pode ficar tranquila em relação à qualidade dos produtos, pois todos os alimentos afetados pela inundação serão descartados.
R7