Diante da pandemia do novo coronavírus e da consequente recomendação de isolamento social, surgiram muitas dúvidas que a ciência tem tentado responder. Devo tomar vitaminas? Janelas podem ficar abertas? Com a nova rotina, os hábitos diários também mudaram e para os mais preocupados com a saúde da pele surge a dúvida: dentro de casa, ainda preciso usar o protetor solar?
A dermatologista da Clínica Osmilto Brandão, Lorena Marçal, alerta que sim. “Os raios UVA e UVB que estão presentes quando saímos também entram em nossa casa por meio das janelas e portas abertas e também pela reflexão nos objetos. Então, nós recebemos radiação solar dentro de casa, embora em menores proporções”, explica.
Outra preocupação é com a luz produzida pelas telas de computadores, tablets, celulares, já que, durante esse período, a modalidade “home-office” fez aumentar o uso desses dispositivos eletrônicos.
“Tais objetos tecnológicos emitem luz visível, também conhecida como luz azul. Quando exposta a face por muitas horas a esse tipo de luz é capaz de provocar piora nas manchas da pele”, observa Lorena. A especialista acrescenta também que aqueles que já tem manchas na pele ou melasma podem ter o quadro agravado pela luz azul. “Portanto há necessidade sim de seguir o uso dos protetores”, reforça.
E qual escolher? A dermatologista dá dicas: “Dê preferência aos filtros solares de FPS 30, fator de proteção ideal”, pontua. E para se proteger
Entretanto, como tudo deve ser feito com equilíbrio, fugir totalmente do sol pode provocar a queda dos níveis de vitamina D. Para prevenir a deficiência dessa substância no organismo, a especialista recomenda: “Exponha ao sol alguma parte de seu corpo diariamente por dez minutos no horário entre 11h e 15h, o que é suficiente para manter os níveis de Vitamina D adequados”.