O delegado seccional da Polícia Civil de Mogi Guaçu (SP), José Antônio Carlos de Souza, indiciou por homicídio doloso (intencional) e ocultação de cadáver a mãe da menina Ísis Helena, morta no início de março, após sofrer uma convulsão enquanto dormia na casa da avó, onde a família morava, na cidade vizinha de Itapira. As informações são da Record TV.
Para o policial, Jennifer Natalia Pedro, de 21 anos, mentiu ao relatar os caminhos pelos quais passou no dia em que criança de dois anos – que nasceu prematura, com microcefalia e fazia uso de medicamentos controlados – foi jogada nas águas do rio do Peixe, horas depois de ter sido encontrada pela mãe na cama de bruços, fria, com leite e espuma no canto da boca.
“O inquérito foi relatado ontem [quinta-feira, dia 23]. Se sustentar essa afirmativa do leite e da espuma, [estará configurado] homocídio por dolo eventual [quando o acusado assume o risco de matar]. Ela tinha o dever de cuidar da criança, que tinha problemas de saúde. Nnão cumpriu com o dever dela” confirmou José Antônio Carlos de Souza.
O delegado – que também desqualificou as denúncias de coação feitas pela suspeita – demonstrou espanto ao avaliar a personalidade de Jennifer, que está presa na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu. “A Jennifer é extremamente fria, calculista, insensivel, com mudandas de comportamento em frações de segundos. Foi das mais frias que conheci. Ela demonstra também um pouco de transtorno mental”, avaliou.
A polícia renovou o pedido de prisão temporária de Jennifer e o novo prazo termina no próximo domingo (26). Posteriormente, os responsáveis pela investigação deverão solicitar ao Tribunal de Justiça a prisão preventiva da acusada.
Jennifer segue detida na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu. A família do pai da menina cobra o indiciamento por homicídio doloso (intencional). As causas da morte de Ísis Helena ainda estão sendo apuradas.
Segundo a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), a mãe mudou a versão apresentada aos policiais responsáveis pela investigação. Agora, ela sustenta que a filha teve febre, por volta da meia-noite, e deu o medicamento ibuprofeno.
Em seguida, Jennifer teria dado mamadeira com leite para a bebê e ido dormir por volta das 4h. Às 6h15, ela teria acordado e encontrado a menina já “fria”. Ísis Helena “tinha espuma e leite nos cantos da boca”. Ainda de acordo com a versão, a menina teria sofrido convulsões e morrido por asfixia.
Então, Jennifer teria se desesperado e decidido levar o corpo da menina para o rio. Em seguida, a mulher disse ter consumido drogas no mesmo local, onde diz ter abandonado a filha e consumido drogas.
R7