O movimento de associação em massa que tornou o Vasco o clube com mais sócios-torcedores do Brasil e da América Latina não foi suficiente para tirar o clube da linha do déficit em 2019.
Segundo dados fornecidos no próprio balanço vascaíno, o quadro social atingiu um pico de 188 mil associados adimplentes em dezembro do ano passado, mas os R$ 36 milhões arrecadados não empataram a conta total, que terminou com saldo negativo de R$ 5 milhões.
O Cruz-Maltino atribui ainda a marca no vermelho pelo fato de não ter vendido atletas e pelas “receitas de marketing afetadas pela crise econômica do país”.
Com a crise causada pela pandemia do coronavírus, o Vasco soma hoje cerca de 176 mil associados, de acordo com o “placar” existente no portal do programa “Gigante”. O orçamento para 2020 previa um salto para uma arrecadação de R$ 43 milhões, mas a meta ficou mais difícil de ser atingida.
MERCADO FEZ FALTA
Os números expressivos com os associados contrastam com as receitas oriundas da venda de jogadores. Se em 2018 o Cruz-Maltino embolsou cerca de R$ 76 milhões apenas com o adeus de Paulinho rumo ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, na última temporada o único negócio relevante para o caixa foi a ida do meia Evander, negociado com o Midtjylland, da Dinamarca, que gerou R$ 10,7 milhões.
Para um clube asfixiado economicamente, vender é uma das principais saídas. Sem isso, o Vasco teve receita bruta 17% menor no último exercício -R$ 215 milhões contra R$ 261 milhões de 2018. O jovem Talles Magno é a atual joia da coroa e a bola da vez para uma transação que possa render dinheiro para o caixa.
Bahia Notícias