O presidente Jair Bolsonaro ironizou as críticas que sofreu ao anunciar que pretende fazer um churrasco neste sábado, 9, contrariando recomendações do próprio Ministério da Saúde. Ao voltar para o Palácio da Alvorada, no fim da tarde desta sexta-feira, 8, Bolsonaro disse que deve receber 3 mil pessoas para a confraternização.
Na noite de quinta, o presidente havia afirmado a apoiadores que receberia “uns 30 convidados” para um churrasco e cobraria R$ 70 de cada um. A realização de eventos como esse esbarra também em orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que defende o isolamento social como principal estratégia para combater a pandemia do novo coronavírus.
Foram necessárias apenas 24 horas, porém, para que Bolsonaro inflasse o número de convidados. Primeiro, disse que convidaria apenas profissionais da imprensa. Depois, passou a aumentar as projeções. “Já tem 180 convidados”, “tem 210 chefes de família, deve dar umas 500 pessoas”, “vai ter umas 900 pessoas no churrasco amanhã”, afirmou. “Tem mais um pessoal aqui de Taguatinga, 1,1 mil”.
Antes de se despedir dos seguidores que se aglomeravam em um cercado montado em frente do Palácio do Alvorada, o presidente fez um último cálculo. “Quem estiver aqui amanhã a gente bota para dentro. Três mil pessoas no churrasco amanhã”, disse ele, aplaudido por aliados.