Mesmo com a pandemia de coronavírus, a fiscalização contra o tráfico de drogas no país não tem trégua. As apreensões de cocaína realizadas pela Receita Federal ultrapassaram 20,7 toneladas no período de janeiro a abril deste. O volume é 22,5% superior ao registrado no primeiro quadrimestre do ano passado, quando foram apreendidas 16,8 toneladas.
Em apenas três ações foram registradas 15,5 toneladas, o que representa quase 75% das quantidade total apreendida. Essas ocorrências foram nos portos de Santos (8 toneladas), Paranaguá (3,8 toneladas) e Salvador (3,7 toneladas).
No dia 30 de abril, uma carga regular de caixas contendo folhas de papel escondia 370 kg de cocaína no porto de Santos. O material, que tinha como destino final o Porto de Valência, na Espanha, foi apreendido após passar por inspeção por escâner e de cães farejadores.
A Receita Federal atribui o crescimento das apreensões de cocaína ao aperfeiçoamento dos procedimentos, além da utilização de equipamentos de ponta como escâneres e da atuação das equipes que utilizam cães de faro na fiscalização.
Na Polícia Federal, também foi registrada uma leve alta, de 2%, nas apreensões de cocaína neste ano. Nos primeiros quatro meses foram apreendidas 29,7 toneladas ante 29,2 no mesmo período de 2019. Mas no mês de março, quando começaram ações de isolamento, o aumento chegou a 25%, quando foram apreendidas 7,5 toneladas contra 6 toneladas de março de 2019.
Já nas fronteiras do país, o aumento da fiscalização por causa do coronavírus provocou impacto também no tráfico. O Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA) apreendeu, por meio da Operação Hórus, cerca de 56 toneladas de drogas em abril.
Foi o maior volume desde o início da série histórica, iniciado há um ano pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP).
R7