A cidade de São Paulo está classificada na fase 2 da reabertura gradual da economia no estado e tanto corre o risco de regredir para a fase 1 como tem chance de avançar para as fases 3,4 ou 5, dependendo de como vai se adequar a cinco critérios definidos pelo Plano São Paulo, que regula o processo de retomada em todo o estado.
A reclassificação acontece a cada 14 dias, com objetivo de evitar que o aumento da circulação de pessoas piore o cenário da pandemia do novo coronavírus no estado. As próximas fases devem ser anunciada na quarta-feira (10), com aplicação na semana que vem. Regredir ou avançar dependem de dois fatores ligados à capacidade do sistema de saúde e três relacionados à evolução da epidemia.
Em relação ao sistema de saúde, são considerados a taxa de ocupação de leitos de UTI e o número leitos de UTI por 100 mil habitantes. Em relação à evolução da epidemia, observam-se novos casos nos últimos sete dias, novas internações (por covid-19 ou síndrome respiratória aguda-grave nos últimos sete dias) e o número de óbitos por covid-19 nos últimos sete dias.
A fase 1, de alerta máximo, é considerada uma etapa de contaminação, e só permite a liberação de serviços essenciais.
A fase 2, de atenção, permite reabrir com restrições, escritórios, concessionárias, atividades imobiliárias, shopping centers e comércio. Esta é a fase em que está a capital. Desde segunda-feira (1), a prefeitura recebe propostas de entidades setoriais com protocolos para a retomarem as operações. Na sexta-feira (5), escritórios e concessionárias foram liberados.
Planejamento de cada fase na cidade de SP
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A fase 3, de flexibilização, é controlada e permite retomar sem restrições atividades imobiliárias, concessionárias e escritórios e com restrições bares, restaurantes e similares, comércio, shopping centers e salões de beleza.
A fase 4 libera, com restrições, as academias. A fase 5, retoma todas as atividades sem restrições, inclusive teatros, cinemas, espaços públicos e eventos com aglomeração, como jogos de futebol. Nenhum município de São Paulo está enquadrado nestas duas fases.
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O governo estabelece dois pré-requisitos para a flexibilização. O primeiro é a adesão aos protocolos de testagem. O outro é que os prefeitos devem apresentar, segundo o governo, “fundamentação científica para liberação que cite fatores locais relacionados ao município”. A flexibilização deve ser feita por decreto por cada prefeito, observando também os planos de cada região determinada pelo Plano São Paulo.
Regiões estabelecidas pelo Plano São Paulo
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Na primeira classificação, a Grande São Paulo foi considerada um único grupo. Porém, houve uma readequação e as 38 cidades, que reúnem juntas 22 milhões de habitantes passaram por nova divisão, conforme quadro abaixo.
Divisão da Grande SP
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Desde o anúncio da reabertura, São Paulo registrou novo recorde de mortos e infectados pela covid-19. O governador João Doria, porém, afirmou que as taxas “não eram novidade” e que não existe risco de colapso no estado.
Na cidade de São Paulo, epicentro da doença no Estado e no Brasil, o comércio deve ser retomado até o dia 15 de junho. A partir do dia 1º de junho, prefeitura, associações comerciais e entidades do setor estão acertando os protocolos de saúde das operações. Pelo menos 50 protocolos já foram recebidos pela gestão do prefeito Bruno Covas.
Outras cidades, como Botucatu, Jundiaí, Hortolândia, Guaratinguetá, Ribeirão Preto, Piracicaba, São José do Rio Preto, Sorocaba, São José dos Campos, Santa Bárbara do Oeste, Taubaté e Valinhos já reabriram o comércio. Além das atividades comerciais, especialistas citam o transporte público como um dos possíveis vetores de contágio com a reabertura.
O que pode abrir em cada fase
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