No primeiro dia de reabertura dos shoppings na cidade de São Paulo, houve estabelecimento que já funcionava antes do horário combinado com a Prefeitura, assim como teve também centro comercial que viu aproximadamente um terço dos seus lojistas optarem por não abrir as portas ontem, véspera do Dia dos Namorados – uma importante data para o comércio.
Os centros de compras estão autorizados a funcionar das 16 às 20 horas durante a fase dois (laranja) do Plano São Paulo, em que a operação só é permitida durante quatro horas por dia. O Estadão visitou seis shoppings na capital paulista e, no geral, os estabelecimentos respeitaram a maioria dos protocolos exigidos pelo governo, especialmente no que diz respeito à higiene pessoal e organização do fluxo do público, cujo limite é de 20% da capacidade.
Com funcionários medindo a temperatura de quem entrava e faixas na calçada para organizar a fila, os frequentadores já podiam ter acesso ao Shopping Pátio Paulista, na Avenida Paulista, às 15h40, embora apenas algumas lojas do interior do local já tivessem com as portas abertas. Em nota, o shopping informou que abriu mais cedo para lojistas e clientes a fim de evitar aglomeração na entrada.
As filas para o acesso, no começo da tarde, eram de menos de dez pessoas, e a espera para a entrada não chegava a durar um minuto. Havia controle nos acessos pela garagem. Lá dentro, os corredores estavam com adesivos no chão para organizar o fluxo de clientes e evitar aglomerações, conforme recomendam diretrizes sanitárias.
O movimento foi um pouco maior no Shopping Center Norte, na Vila Guilherme, zona norte. Ali, os corredores estavam cheios, mas poucas pessoas com sacolas nas mãos. “Não estava planejado a gente vir aqui. Vi que o shopping ia reabrir, li que teriam um esquema de limpeza e então decidimos passar”, contou a funcionária pública Monique Mello, de 37 anos, que estava com a família no centro de compras. “A gente sempre tem de ter um pouco de preocupação, e não sei se vou voltar”, disse, enquanto observava suas crianças correrem em uma área de descanso.
Esvaziado
No Shopping Frei Caneca, no centro, a movimentação de clientes não era grande por volta das 17h30. Seguranças mediam a temperatura de quem chegava e a entrada e saída só eram permitidas por portas diferentes. Quem fizesse o caminho contrário em direção à porta era orientado a seguir pelo caminho adequado.
Também na entrada, funcionárias limpavam os corrimãos com álcool e orientavam clientes a usar álcool em gel disponível. O mobiliário interno do estabelecimento foi removido. Nas lojas, funcionários nas portas usavam máscaras e alguns utilizavam face shields (protetores que cobrem todo o rosto). Em grandes redes de departamentos, a entrada dos clientes era controlada e algumas lojas colocaram fitas na porta para restringir a entrada e saída.
Para o administrador Eduardo Sousa, de 45 anos, foi “impactante” ver funcionários do shopping Iguatemi, na zona sul, com máscaras acrílicas, oferta de álcool em gel e controle de temperatura. “Estava preocupado se haveria muita gente. Mas me senti seguro.” Ele comprar presente para a companheira.
No Higienópolis, que em uma das entradas instalou câmeras térmicas, o movimento foi fraco, de acordo com lojistas. Poucas pessoas nos corredores e lojas vazias na primeira tarde de retorno às atividades.
No Bourbon, zona oeste, havia fila só nos postos de atendimento das empresas de telefonia, com pessoas querendo resolver problemas de seus celulares. Havia muitas lojas fechadas ainda.
R7