Um empresário britânico ganhou o título de “superespalhador” na mídia internacional por ter infectado com coronavírus pelo menos 11 pessoas em três países durante suas viagens de Cingapura à França e da Suíça à Inglaterra.
Steve Walsh é líder de gerenciamento de projetos da Servomex, uma empresa de análise de gás. Ele participou de uma conferência de vendas de 18 a 22 de janeiro no hotel Grand Hyatt, em Cingapura, onde acredita-se que tenha contraído o vírus.
“Fui aconselhado a comparecer a uma sala isolada no hospital, apesar de não apresentar sintomas, e depois me isolar em casa conforme as instruções”, disse Walsh ao jornal The Washington Post. “Quando o diagnóstico foi confirmado, fui enviado para uma unidade de isolamento no hospital e minha família também foi solicitada a se isolar.”
Um “superespalhador” é um termo que se refere às pessoas que propagam o vírus com mais eficiência do que a taxa de infecção usual. O termo já foi usado durante um surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), nos Estados Unidos, em 2003, classificando indivíduos que tenham infectado diretamente mais de 10 pessoas.
No caso do coronavírus, acredita-se que uma pessoa pode infectar ao menos três pessoas. Com o “superespalhador”, o número de contaminados excede a média esperada.
As autoridades da Grã-Bretanha e de outros países estão se esforçando para rastrear os passos do empresário desde o momento em que ele pegou o vírus até o teste positivo na Grã-Bretanha, alguns dias depois. De Cingapura, ele teria parado em uma estação de esqui francesa, embarcado em um voo, parado em um pub em sua cidade natal e depois ido a uma clínica médica.
R7