Pela primeira vez, o estado de São Paulo ultrapassou a faixa de 400 óbitos pelo novo coronavírus em um único dia. Nas últimas 24 horas, o estado contabilizou 434 novos óbitos. O recorde anterior havia sido registrado na semana passada, com 389 mortes.
Os recordes de casos confirmados e de óbitos pela covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, geralmente, ocorrem às terças-feiras, dia em que são contabilizados os exames que ficam represados nos fins de semana. Com isso, o estado chegou agora a 13.068 óbitos desde o início da pandemia.
“Foi o maior número de óbitos registrados neste período de 24 horas, e obviamente isso entristece a todos. Esse número [de óbitos] está dentro da previsão de cenário até o dia 30 deste mês. E isso [o aumento de óbitos] ocorre porque o interior do estado está em curva ascendente, mesmo com a redução [de óbitos] na capital e na região metropolitana”, disse o secretário executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo.
Os óbitos que estão ocorrendo agora são resultado de uma transmissão do vírus que ocorreu há cerca de um mês, reforçou o coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, Paulo Menezes.
O estado registra também 229.475 casos confirmados da doença e 39.227 pacientes curados após receberem alta médica. Há 5.659 pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) de todo o estado em casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus e 8.259 internados em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI em todo o estado está em 65,7% e, na Grande São Paulo, em 68%.
Segundo Paulo Menezes, cerca de 38% dos casos notificados nas últimas 24 horas foram confirmados por meio de testes sorológicos, os chamados testes rápidos.
Isolamento
A taxa de isolamento social nesta segunda-feira (22) no estado de São Paulo foi de 46% e, na capital paulista, de 47%.
O governo paulista considera satisfatórias taxas de isolamento acima de 55%. Uma taxa alta de isolamento social ajuda a diminuir a propagação do novo coronavírus e diminui as chances de colapso no sistema de saúde.
Agência Brasil