Uma dívida de aproximadamente R$ 600 mil em atrasos de contratos passivos fiscais e tributários
acendeu o alerta amarelo dentro do PT da Bahia.
Às vésperas da decisão do Diretório Nacional que definirá, na próxima sexta-feira, quanto será distribuído para cada estado do Fundo Eleitoral 2020, a gestão petista no estado teria sido notificada sobre ações judiciais relacionados a débitos de campanha de 2014.
A soma, de acordo com o jornal Tribuna da Bahia, pode alcançar a casa dos R$ 10 milhões e é apontada como motivo da ausência do tesoureiro estadual da legenda, Tássio Brito, nas reuniões do partido.
Nacionalmente, a sigla mais endividada com débitos de campanha é também o PT, com um rombo de cerca de R$ 25 milhões, o que representa 78% do valor total devido por todas as outras agremiações do país. Além dos petistas, o ranking dos endividados apresenta na ponta o Avante (R$ 3,4 milhões), o MDB (R$ 1,1 milhão), o PSDB (R$ 848 mil) e o PCdoB (R$ 712 mil). De acordo com levantamento do Estado de S.Paulo, somente em 2017, os partidos desembolsaram mais de R$ 22,6 milhões com pagamento desse tipo de despesa.
Pela legislação eleitoral, os candidatos têm até a eleição seguinte, ou seja, quatro anos, para quitar todos os débitos de campanha. As diferentes esferas do partido – municipal, estadual e nacional – não têm obrigação legal de assumir essas dívidas, mas é o que costuma ocorrer.
Procurado para comentar as dívidas no PT baiano, o presidente estadual Éden Valadares não foi encontrado.