A intenção de comprar imóveis nos próximos meses saltou de 36% para 43% no segundo trimestre deste ano e atingiu o maior patamar desde meados de 2014, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (19), pelo Raio-X FipeZap.
Entre os potenciais compradores, 88% deseja adquirir um imóvel para moradia própria e 51% se declarou indiferente entre a escolha por imóveis novos ou usados.
De acordo com o índice, motivam o aumento do interesse de compra a redução das taxas de juros, a expectativa de queda nos preços, o aumento no número de lançamentos e a recuperação da atratividade dos imóveis como opção de investimento.
Por outro lado, 12% dos respondentes deste grupo classificam a intenção de compra como uma alternativa de investimento, com especial interesse na obtenção de renda de aluguel (70%).
Na análise entre os 10% que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses, a maior parte optou pela compra de imóveis usados (68%), resultado que supera ligeiramente a média histórica da preferência por esse tipo de imóvel (58%).
Preços
O aumento da intenção de compra surge em linha com a maior percepção de que os preços “estão em um nível razoável”, que avançou 10 pontos percentuais, de 33% para 43%. Para 36%, os valores “estão altos ou muito altos”. Outros 17% avaliam os preços como “baixos ou muito baixos”.
Somente entre os entrevistados que manifestara a intenção de comprar um imóvel nos próximos três meses, a parcela que considerava os preços atuais “altos ou muito altos” cresceu de 56% para 61% na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2020. As percepções de nível “razoável”, por sua vez, passaram de 27% para 30%.
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre as expectativas dos preços no curto prazo. Entre os compradores em potencial, a maior parte se dividiu entre aqueles que apostavam na queda nos preços atuais (32%) ou estabilidade (24%). Outros 15% projetavam alta nos preços e 24% não souberam responder
Segundo o levantamento, os dados sinalizam para uma inversão da trajetória dos entrevistados que apostavam no aumento de preços dos imóveis. “Em uma perspectiva histórica, entre o segundo semestre de 2015 e de 2019, fica evidente o aumento progressivo da proporção de respondentes que apostava no aumento de preços”, analisa o FipeZap.
R7