DeAngelo, que hoje tem 74 anos, era acusado de 13 assassinatos e confessou sua culpa em junho, para não correr o risco de ser condenado à pena de morte. Ele também assumiu a autoria de pelo menos 50 estupros e dezenas de roubos a residência, mas não respondeu por eles porque os crimes prescreveram.
Na audiência de sentença nesta sexta-feira, realizada em um auditório da Universidade Estadual de Sacramento, na Califórnia, para manter o distanciamento social entre os presentes, DeAngelo se levantou, tirou a máscara facial e se pronunciou antes de saber sua pena.
“Eu escutei todas as suas declarações, cada uma delas. E a todos que eu feri, digo que realmente sinto muito”, afirmou ele.
DeAngelo cometeu quase todos os crimes num espaço de dez anos, entre 1976 e 1986. Por ter sido policial e também ex-militar, ele conseguia cometer seus crimes deixando poucas provas que as técnicas da época poderiam pegar. Só foi preso em abril de 2018 com o avanço dos testes de DNA.
Durante o julgamento realizado esta semana, diversas sobreviventes dos crimes contaram suas histórias. Parentes de vítimas fatais e de outras que morreram ao longo dos anos também participaram.
Em comum, todos contaram histórias de terror, sobre um homem mascarado que invadia as casas de mulheres sozinhas, espancava e violentava as vítimas durante horas, muitas vezes parando para comer tudo o que havia nas geladeiras e depois ia embora, levando joias e objetos de valor e deixando para trás dor e morte.