O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira (24), em entrevista à Rádio Guaíba, que trabalhar para a sua reeleição no comando da Câmara “mais atrapalha do que ajuda” o andamento das reformas que ele considera fundamentais ao País. Maia acredita ser possível aprovar as reformas dos impostos (tributária) e do Estado (administrativa) até o final de 2020. Já as privatizações ficariam para o ano que vem.
“Se eu quero tentar avançar nas reformas, eu introduzir meu nome na eleição, eu mais atrapalho que ajudo”.
A reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado na mesma legislatura é vedada pela Constituição, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) vem se movimentando nos bastidores para mudar essa regra. Uma ação que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo PTB pode abrir essa possibilidade.
O presidente da Câmara falou também nesta segunda à Rádio Gaúcha e comentou a reação do presidente Bolsonaro a uma pergunta de um repórter sobre a investigação dos cheques de Queiroz à Michelle Bolsonaro. Para Maia, a reação de Bolsonaro foi desproporcional.
“Não é bom, foi uma reação desproporcional. Uma frase como esta vinda do político mais importante do país gera impacto negativo interna e externamente”.
Questionado se isso não reforça os pedidos de impeachment protocolados na Câmara ele disse que não, já que processo de impeachment tem que ser embasado em crime de responsabilidade ocorrido durante o mandato, o que não é o caso. Ele reiterou que não é o momento do País analisar um processo de impeachment agora.
“Estamos enfrentando uma pandemia que em breve irá chegar a 120 mil mortes, milhões de contaminados e crise econômica. Temos que avaliar no momento adequado se [em algum dos pedidos] há crime de responsabilidade.
R7