O procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes comunicou nesta sexta-feira (4) seu afastamento da Força-Tarefa da operação Greenfield.
Em carta, Lopes diz que “pesou bastante minha insatisfação com a insuficiência de dotação de uma estrutura adequada de trabalho à força-tarefa. De fato, a atuação da Força-Tarefa Greenfield restou bastante prejudicada pela recente decisão da Procuradoria-Geral da República de não mais prorrogar a desoneração dos colegas Sara Moreira e Leandro Musa, deixando-me como único membro exclusivo da FT Greenfield”.
Para ele, é inaceitável que apenas um procurador se dedicasse a operação. “Por maior que seja o espírito público e a vontade de lutar pela Justiça, permanecer como único membro de dedicação exclusiva à força-tarefa pareceu-me inaceitável”, afirmou.
Lopes também disse que deseja dar mais atenção a assuntos e relações familiares. O procurador afirmou que torce por uma transformação na força-tarefa.
“Futuramente, com a possível transformação de nossa força-tarefa em parte ou
subsede da UNAC (Unidade Nacional Anticorrupção), torço para que enfim a
Greenfield (seu complexo de casos) possa ter a estrutura material e humana adequada que tanto merece. Por ora, porém, mantenho minha esperança de que – ao menos – os colegas Sara Moreira, Leandro Musa, Thais Malvezzi e Samantha Dobrowolski possam receber o adequado apoio institucional para não deixar nosso trabalho esgotar-se em vão”, escreveu.
Com a saída de Lopes, a força-tarefa com três procuradores sem dedicação exclusiva, Sara Moreira, Leandro Musa e Thais Malvezzi, e aguarda a nomeação de Samantha Dobrowolski.
A operação foi deflagrada em 5 de setembro de 2016. Lopes diz que pouco mais de um ano depois da deflagração da operação, “outros grandes casos conexos que envolviam crimes contra entidades de previdência e bancos públicos passaram a ser dirigidos também pela FT Greenfield, que passou a ter 100 metas em seu plano de ação.
R7