O primeiro dia do seminário contou com a participação dos secretários das duas pastas, Leo Prates e Ivete Sacramento, respectivamente, além de pesquisadoras e estudiosas da temática. “Tenho muito orgulho de ter colaborado no ano passado com a história do enfrentamento ao racismo institucional dentro da SMS em parceria com a Semur. O Novembro Negro é isso, um fórum de debate, trazendo a tônica da reparação para dentro da saúde”, disse Prates.
“Estamos intensificando os trabalhos de cuidado com a saúde da população negra. É o mínimo que nós podemos fazer. O desejo é de que o Novembro Negro perdure por anos e anos e que cada vez mais a política de atenção à saúde da população negra se fortaleça na capital baiana, e sobretudo aqui na Secretaria Municipal da Saúde”, completou o secretário.
Dados do IBGE de 2019 indicam que a população de Salvador é formada por 81,5% das pessoas declaradas pretas ou parda. Diferente dos anos anteriores, devido à pandemia do Coronavírus, as atividades da campanha serão concentradas de forma virtual ao longo do mês, para evitar aglomerações, com aprimoramento dos profissionais de saúde da rede municipal para lidar com a população negra.
Mês – O mês de novembro tornou-se referência para a luta e resistência da população negra em enfrentamento ao racismo, reafirmação da identidade e, principalmente, na busca por melhorias de políticas públicas voltadas para esta fatia da população. Isso porque o 20 de novembro, quando se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, relembra a morte de Zumbi dos Palmares, último líder do quilombo dos Palmares, assassinado em 1695.