Foi encerrada, nesta segunda-feira (9), a aplicação dos testes para o novo Coronavírus nas escolas da Cidade Baixa, em Salvador. A Escola Presciliano Silva, escola-polo do bairro da Ribeira e do Bonfim, atendeu as comunidades escolares dos colégios estaduais Paulo Américo de Oliveira e Presidente Costa e Silva. Já o Colégio Estadual Polivalente San Diego, escola-polo dos bairros do Uruguai e de Massaranduba, recebeu a própria comunidade escolar e o público da Escola Estadual Ocridalina Madureira e do Colégio Estadual Solange Hortelio Franco.
A ação, promovida pelo Governo do Estado, disponibilizou a testagem para 14.483 pessoas, sendo 13.609 para estudantes, 570 professores e 304 funcionários das 14 escolas estaduais dos bairros de São Joaquim, Calçada, Dendezeiro, Largo de Roma, Boa Viagem, Ribeira, Bonfim, Uruguai e Massaranduba. “Chegamos ao final da quarta fase de testagens na capital baiana. E isso vem proporcionando que uma grande população de Salvador seja assistida no enfrentamento à pandemia. Sempre é bom ressaltar que a nossa maior preocupação é com a saúde da comunidade escolar. E que, a partir destas ações, outras medidas podem ser tomadas com a análise dos resultados”, explicou o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues.
Para o estudante Cícero Eloy, 18 anos, a iniciativa é essencial para controlar o número de casos na cidade. “Esta doença não é brincadeira, mata. Já perdi vizinhos e parentes. Fazer o exame é uma forma de sabermos como está a comunidade, o momento de ficar isolado socialmente e se cuidar rápido para não agravar a doença”, relatou o aluno do 9º ano, da Escola Estadual Ocridalina Madureira.
Segundo a diretora do Colégio Estadual Polivalente San Diego, Marlene Bispo, a testagem dos estudantes e funcionários é fundamental para iniciar o debate sobre o retorno às aulas. “Precisamos saber o nível de contaminação da Cidade Baixa em Salvador e de todo o Estado, que considero importante para pensarmos no retorno presencial das aulas. Como somos uma escola-polo, recebemos duas outras comunidades escolares, que compareceram em um bom número, com todos os cuidados necessários para realizarmos os procedimentos com qualidade e segurança”.
De acordo com Taís Moreira, funcionária do Colégio San Diego, o incômodo físico do exame é superado pelos benefícios propiciados. “Fiz o exame, senti um pequeno incômodo, mas fui bem atendida pela equipe de saúde e estou contente com a iniciativa. É interessante realizamos o teste para cuidarmos da nossa saúde, da família e dos colegas de trabalho. Não teria condições de pagar um teste deste na rede particular e agradeço pela oportunidade”.
Testagens – A iniciativa é desenvolvida pelas secretarias estaduais da Educação e da Saúde, com a aplicação de testes do tipo RT-PCR, que serão analisados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN). Para a realização dos exames, é exigido dos profissionais o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e todos aqueles que forem fazer o teste devem usar máscara de proteção. As unidades escolares são preparadas com a higienização do local e disponibilização de álcool em gel e pias com sabão para a lavagem das mãos.
Os testes RT-PCR já foram aplicados nas comunidades escolares de 18 escolas da Liberdade e região, de 28 do Subúrbio Ferroviário de Salvador e de 21 de Cajazeiras e região. No interior, foram aplicados testes rápidos em estudantes, professores e funcionários da rede estadual nas cidades de Itajuípe, Itabuna, Ilhéus, Ipiaú, Uruçuca e Jequié.