Jaqueline Chagas
Receber o diagnóstico do câncer nunca é fácil. Quando se recebe o diagnóstico, a pessoa é acometida pelo sentimento de medo, insegurança e uma queda significante da autoestima. Mas, para superar dilemas e dificuldades, o apoio incondicional da família é indispensável.
Há aqueles que nunca viveram a situação no ciclo familiar e não sabem bem como lidar com o paciente. E não é cabível julgar. Afinal, nunca é fácil enfrentar o desconhecido. Mas é com a mudança de hábitos e com a busca por um único ideal que a luta pela cura se torna mais esperançosa.
Primeiro, é preciso entender que excesso de zelo não é uma solução. A superproteção familiar pode ser um problema, mesmo que o objetivo seja apenas cuidar. O limite da proteção acaba quando a pessoa não sabe mais como é ser independente, quando não desenvolve sua própria autonomia, o que pode causar estresse e ansiedade.
Por isso, o ideal é que a pessoa e a família pesquisem sobre a doença, busquem conhecimento com profissionais da área como, por exemplo, médicos, enfermeiros e psicólogos, para entender o que pode ou que não pode acontecer. É importante também saber como auxiliar o familiar doente. Quando se trata de câncer, a necessidade é ainda maior, porque a doença mexe muito com a parte neurológica.
Sem o apoio da família tudo se torna cada vez mais difícil ou quase impossível. Às vezes, somos desenganados pela medicina, mas se temos o acolhimento de pessoas que tanto amamos, que tentam elevar nossa autoestima, nos tornamos mais confiantes durante o tratamento. Quando se tem ajuda e amor, tudo muda.
Portanto, ter a base da família por perto é essencial para que o paciente não se sinta sozinho ou
(*) Contabilista, paciente que luta contra o câncer e fundadora do Grupo Unidas para Sempre, que tem como objetivo dar suporte e apoio ao paciente com câncer e outras patologias.