** Em 2019, o estado só ficava acima do Maranhão (52,2%) e muito abaixo da média nacional (66,1%) quando se tratava de satisfação com a própria saúde;
** Pouco mais da metade da população baiana (51,5%) e soteropolitana (51,6%) tinham diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019;
** Problemas de coluna, hipertensão e colesterol alto eram as doenças crônicas mais frequentes na Bahia e em Salvador; depressão vinha em 4o lugar na capital;
** Em 2019, a Bahia tinha o 2o menor percentual de adultos com alto consumo de alimentos ultraprocessados (6,5%), mas só 9,1% ingeriam a quantidade recomendada de frutas e hortaliças;
** Salvador era a capital brasileira com maior proporção da população adulta que consumia álcool pelo menos uma vez por semana (40,2%) e a segunda com maior proporção de consumo abusivo de bebidas alcoólicas (28,1%);
** Salvador era a capital com maior percentual de adultos fisicamente ativos no lazer, trabalho ou deslocamento em 2019: 69,4%, ou cerca de 1,6 milhão de pessoas;
** Na Bahia, em 2019, 57,7% dos adultos avaliavam a própria saúde bucal como boa ou muito boa, menor percentual do país;
** Esses são alguns dos resultados do módulo sobre “Percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal” da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde.
Em 2019, a Bahia tinha, entre as unidades da Federação, o segundo menor percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade que avaliavam a própria saúde como boa ou muito boa: 54,2% ou 6,043 milhões de pessoas. Nesse indicador, o estado só ficava acima do Maranhão, onde 52,0% avaliavam a saúde como boa ou muito boa.
No país como um todo, 66,1% das pessoas de 18 anos ou mais de idade avaliavam a própria saúde boa ou muito boa (105,232 milhões de adultos). Esse índice de aprovação chegava a seus níveis máximos no Distrito Federal (75,3% do adultos consideravam a própria saúde boa ou muito boa) e em Santa Catarina (73,8%).
Em Salvador, a percentagem de adultos que avaliavam a própria saúde como boa ou muito boa era maior que na Bahia como um todo, mas ainda um pouco abaixo do verificado no país: 64,8% ou 1,483 milhão de pessoas de 18 anos ou mais de idade.
Entre as capitais, Salvador ficava apenas com a 20a maior taxa de satisfação com a própria saúde. Florianópolis/SC (83,0%) e Belo Horizonte/MG (80,4%) lideravam, enquanto São Luís/MA (58,9%) e Maceió/AL (59,2%) tinham os menores percentuais.
A avaliação do estado de saúde é uma percepção subjetiva e pessoal que não se restringe às sensações físicas de doença, dor ou desconforto, englobando também componentes emocionais e aspectos do bem-estar e da satisfação com a própria vida.
Satisfação com a própria saúde é maior entre os homens, entre pessoas mais jovens e aquelas com maior renda
Em geral, a proporção de homens satisfeitos com a própria saúde era maior que a de mulheres. Na Bahia, 59,7% dos homens avaliavam sua saúde como boa ou muito boa, enquanto entre as mulheres o índice era de 49,3%. Em Salvador, a diferença por sexo era um pouco menor: 67,8% dos homens consideravam a saúde boa ou muito boa, frente a 62,5% das mulheres. No Brasil, as taxas eram de 70,4% para homens e 62,3% para as mulheres.
As diferenças eram bastante marcantes por faixa etária, diminuindo a satisfação conforme aumentava a idade, e por rendimento médio domiciliar per capita, aumentando a satisfação conforme aumentava a renda.
Na Bahia, 73,2% das pessoas de 18 a 29 anos consideravam a própria saúde boa ou muito boa. Esse percentual de aprovação caía progressivamente nas faixas de idade seguintes, chegando a 28,6% entre as pessoas de 75 anos ou mais. Em Salvador, o quadro era o mesmo: 81,2% das pessoas de 18 a 29 anos estavam satisfeitas, proporção que caía a menos da metade (40,3%) para quem tinha 75 anos ou mais.
Entre as pessoas na menor faixa de renda domiciliar per capita média (sem rendimento a 1/4 do salário mínimo), na Bahia, 46,1% consideravam a própria saúde boa ou muito boa; proporção que subia a 81,1% entre aqueles na mais alta faixa de rendimento (mais de 5 salários mínimos).
Já em Salvador, a aprovação da própria saúde era mais alta que a média entre os que tinham o menor rendimento per capita (75,3% entre os sem rendimento a 1/4 de salário mínimo) caía significativamente na faixa seguinte (indo 53,5% entre quem tinha mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo) e depois subia progressivamente até chegar a 81,4% entre aqueles com maior renda (mais de 5 salários mínimos per capita).
Pouco mais da metade da população baiana (51,5%) e soteropolitana (51,6%) tinham ao menos uma doença crônica em 2019
Tanto na Bahia quanto em Salvador, em 2019, pouco mais da metade dos adultos tinham diagnóstico de ao menos uma doença crônica não transmissível (DCNT). Problema de saúde de maior magnitude da atualidade, as DCNT provocam mortes prematuras, repercutem na qualidade de vida e têm impactos econômicos.
Na Bahia, 51,5% da população adulta enfrentavam ao menos uma doença crônica, o que significava 5,744 milhões de pessoas. O percentual era praticamente o mesmo em Salvador (51,6% ou 1,179 milhão) e muito próximo também do nacional (52,0% da população adulta brasileira ou 82,778 milhões de pessoas).
No estado, na capital e no país como um todo, o diagnóstico de doenças crônicas era proporcionalmente maior entre as mulheres. Em 2019, 56,8% das baianas (frente a 45,5% dos baianos), 54,2% das soteropolitanas (frente a 48,2% dos soteropolitanos) e 56,9% das brasileiras (frente a 46,5% dos brasileiros) tinham diagnóstico de alguma das DCNT investigadas pela PNS.
Embora houvesse diferenças na ordem de colocação, as três doenças crônicas não transmissíveis mais relatadas pelos adultos, na Bahia, em Salvador e no Brasil, eram as mesmas: problemas de coluna, hipertensão arterial e colesterol alto.
No estado, os problemas crônicos de coluna vinham em primeiro lugar, informados por pouco mais 1 em cada 4 adultos (26,0% da população de 18 anos ou mais ou 2,899 milhões de pessoas). Era o maior percentual entre as unidades da Federação; acima da média nacional (21,6%, segunda doença mais informada no Brasil) e de Salvador (20,5%, terceiro problema mais informado na capital).
A segunda doença crônica mais diagnosticada na Bahia foi a hipertensão arterial, também citada por 1 em cada 4 adultos (25,2% ou 2,812 milhões). O percentual ficou bem próximo em Salvador (25,1%), sendo o problema mais citado na capital baiana (por 573 mil pessoas), e acima da média nacional: 23,9% da população brasileira teve diagnóstico de pressão alta, a doença crônica mais informada no país.
O colesterol alto ficava em terceiro lugar no estado e no país. Seu diagnóstico foi informado por 14,7% da população adulta baiana (1,641 milhão de pessoas) e por 15,3% dos adultos no Brasil.
Já em Salvador, era a segunda doença crônica mais diagnosticada, citada por 1 em cada 5 adultos (20,9% ou 478 mil pessoas). O percentual dos que informaram ter tido diagnóstico de colesterol alto em Salvador foi o segundo maior entre as capitais, abaixo apenas do verificado em Aracaju/SE (26,0%).
O diagnóstico de depressão foi o quarto mais citado pela população adulta em Salvador (por 8,8% das pessoas de 18 anos ou mais de idade ou 200 mil moradores) e também no Brasil como um todo (por 10,2% dos brasileiros). Na Bahia como um todo, a depressão afetava um percentual menor: 6,3% dos adultos (707 mil pessoas).
Há fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis relacionados ao estilo de vida, que podem ser modificáveis e reduzidos, como a alimentação inadequada, o consumo de álcool, o tabagismo e a prática insuficiente de atividade física.
Bahia tem 2o menor percentual de pessoas com alto consumo de alimentos ultraprocessados, mas só 9,1% comem o recomendado de frutas e hortaliças
Em 2019, na Bahia, 6,5% da população adulta (730 mil pessoas de 18 anos ou mais) relataram uma ingestão considerada alta de alimentos ultraprocessados (biscoitos, bolos e salgadinhos de pacote, presunto, salsicha, mortadela etc.), o que significa ter consumido, num dia, cinco ou mais grupos desses alimentos.
Foi o segundo menor percentual dentre os estados, acima apenas do registrado no Maranhão (6,3%), e menos da metade do verificado no Brasil como um todo, onde 14,5% dos adultos tiveram um alto consumo de ultraprocessados em 2019. Santa Catarina (21,3%) e Rio Grande do Sul (19,5%) lideravam nesse ranking.
O percentual de adultos com alto consumo de ultraprocessados era mais expressivo em Salvador do que no estado como um todo: 10,5% ou 241 mil pessoas de 18 anos ou mais. Ainda assim a cidade tinha a quarta menor proporção entre as capitais, acima apenas de Natal/RN (9,1%), Teresina/PI (9,5%) e São Luís/MA (10,3%).
A percentagem de homens com alto consumo de ultraprocessados ficava um pouco maior que a de mulheres tanto no estado (7,0% dos homens frente a 6,1% das mulheres), quanto na capital (11,4% e 9,9%, respectivamente).
Na Bahia, o percentual de pessoas com alto consumo de ultraprocessados entre os mais jovens (18 a 24 anos) era quase cinco vezes o registrado entre os idosos (60 anos ou mais): 14,1% frente a 2,9%. A diferença era ainda maior em Salvador, onde o percentual entre os jovens (27,4%) era nove vezes aquele entre os idosos (3,0%).
Se, por um lado, o consumo de alimentos ultraprocessados ainda era relativamente baixo, por outro, a proporção de pessoas que ingeriam a quantidade recomendada de frutas ou hortaliças também era pequena: 9,1% na Bahia (8o menor percentual entre os estados, representado 1,012 milhão de pessoas) e 11,9% em Salvador (9o menor percentual entre as capitais, representando 273 mil pessoas).
No Brasil como um todo, 13,0% da população adulta (20,644 milhões de pessoas de 18 anos ou mais) tinham o consumo recomendado, ou seja, ingeriam hortaliças ou frutas (inclusive suco) pelo menos 25 vezes por semana, em 2019.
A ingestão recomendada de hortaliças ou frutas era maior entre as mulheres. Na Bahia, 11,6% das mulheres adultas consumiam a quantidade adequada desses alimentos, frente a 6,2% dos homens; em Salvador, 14,1% das mulheres tinham o consumo recomendado, frente a 9,1% dos homens; no Brasil como um todo, os percentuais eram de 15,4% para as mulheres e 10,2% para os homens.
O consumo recomendado de frutas ou hortaliças também tinha correlações fortes com a idade e a renda. Na Bahia, apenas 5,0% das pessoas de 18 a 24 anos de idade estavam nesse grupo, percentagem que chegava a 13,2% entre os idosos (60 anos ou mais). O movimento era o mesmo em Salvador, onde 4,3% dos mais jovens e 16,4% dos idosos consumiam o recomendado de frutas ou hortaliças.
A diferença por rendimento era ainda mais marcante. No estado, enquanto só 3,4% das pessoas na menor faixa de renda (sem rendimento a 1/4 do salário mínimo) tinham o consumo recomendado, a proporção ia a 27,7% entre os que tinham maior renda (mais de 5 salários mínimos per capita). Em Salvador, as proporções nos extremos da renda eram 5,8% e 28,9%, respectivamente.
Salvador é capital brasileira com maior proporção de adultos que consumiam álcool pelo menos uma vez por semana (40,2%)
A ingestão de álcool pelo menos uma vez por semana era bastante elevada entre os adultos baianos, informada por 26,7% deles (2,977 milhões) em 2019. Entre as capitais, esse consumo chegava a seu percentual máximo em Salvador, onde 4 em cada 10 pessoas de 18 anos ou mais (40,2% da população adulta, ou 919 mil pessoas) bebiam ao menos uma vez por semana.
No Brasil como um todo, 26,4% da população adulta informaram consumir álcool ao menos uma vez por semana (42,002 milhões de pessoas). Entre os estados, Rio Grande do Sul (34,0%), Mato Grosso do Sul (31,3%) e São Paulo (31,0%) lideravam; enquanto as menores proporções estavam no Acre (12,6%), Amazonas (14,4%) e em Alagoas (16,0%). A Bahia (26,7%) ficava na oitava posição.
Entre as capitais, empatada com Salvador estava Florianópolis/SC (40,2%), seguida de Porto Alegre/RS (39,4%). No outro extremo estavam Rio Branco/AC (14,7%), Manaus/AM (14,8%) e Porto Velho/RO (19,2%).
O consumo de álcool pelo menos uma vez por semana é, em geral, bem maior entre os homens do que entre as mulheres. Na Bahia, foi informado por 36,6% dos homens e 17,9% das mulheres. No Brasil como um todo, as proporções foram, respectivamente, de 37,1% e 17,0%.
Já em Salvador, mais da metade dos homens (51,0%) disseram beber pelo menos uma vez por semana, enquanto a proporção foi de 31,8% entre as mulheres. Apesar da importante desigualdade por sexo, Salvador tinha a maior percentagem de mulheres com consumo semanal de álcool entre as capitais brasileiras.
A capital baiana também estava entre as líderes no percentual de adultos que relataram consumo abusivo de álcool. Em 2019, 28,0% das população adulta de Salvador (640 mil pessoas) relataram ter ingerido cinco ou mais doses de bebida alcoólica, em uma única ocasião, nos 30 dias anteriores à entrevista da PNS. Foi o segundo maior percentual entre a capitais, praticamente igual ao de Aracaju/SE (28,1%), que liderava nesse indicador.
O percentual de adultos com consumo abusivo de álcool era menor na Bahia como um todo (20,0%, representando 2,228 milhões de pessoas), mas, ainda assim, era uma proporção acima da média nacional (17,1%) e a sexta maior entre os estados.
Enquanto o consumo de álcool era elevado, tanto na Bahia quanto em Salvador os percentuais de fumantes de cigarro estavam entre os mais baixos do país.
Em 2019, 9,7% dos adultos baianos (1,081 milhão de pessoas) fumavam cigarro. Era o segundo menor percentual entre os estados, acima apenas de Sergipe (9,1%). A proporção de fumantes entre os adultos soteropolitanos era ainda menor: 7,1%, o que representava 162 mil pessoas. Salvador tinha o quarto menor percentual entre as capitais, acima de Aracaju/SE (4,9%), São Luís/MA (6,3%) e Belém/PA (6,4%).
No Brasil como um todo, em 2019, 12,3% da população adulta eram fumantes de cigarro. Entre os estados, a proporção era maior no Rio Grande do Sul (15,7%) e em Mato Grosso do Sul (14,3%), cujas capitais também lideravam: Porto Alegre com 16,0% e Campo Grande com 14,9% das pessoas de 18 anos ou mais fumantes.
Salvador é a capital com maior percentual de pessoas fisicamente ativas no lazer, trabalho ou deslocamento: 69,4%
A prática de atividade física em níveis suficientes ajuda a prevenir e tratar doenças crônicas não transmissíveis.
Em 2019, 6 em cada 10 adultos na Bahia (62,0% ou cerca de 6,9 milhões de pessoas) e 7 em cada 10 adultos em Salvador (69,4% ou cerca de 1,6 milhão) eram considerados suficientemente ativos. Isso quer dizer que praticavam pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, fosse no lazer, no trabalho ou no deslocamento para trabalhar.
O percentual de adultos ativos em Salvador (69,4%) era o maior entre as capitais. Em seguida vinham Palmas/TO (66,8%) e Aracaju/SE (66,8%). No outro extremo ficavam Manaus/AM (51,5%), Rio Branco/AC (55,0%) e João Pessoa/PB (55,1%).
Já a Bahia (62,0%) tinha a sexta posição entre as unidades da Federação. Espírito Santo (64,6% dos adultos suficientemente ativos), Minas Gerais (64,4%) e São Paulo (63,8%) apresentavam os maiores percentuais, enquanto Alagoas (50,7%), Paraíba (53,5%) e Acre (53,5%) tinham os menores.
No Brasil como um todo, 59,7% da população de 18 anos ou mais de idade era suficientemente ativa, em 2019.
A proporção de pessoas ativas era significativamente maior entre os homens (70,7% na Bahia, 76,2% em Salvador e 67,9% no Brasil) do que entre as mulheres (54,3% na Bahia, 64,1% em Salvador e 52,5% no Brasil).
Ela também diminuía com a idade, chegando ao seu menor nível entre os idosos. Na Bahia, 35,7% das pessoas de 60 anos ou mais de idade eram ativas em 2019. Em Salvador, esse percentual, embora também fosse o mais baixo por faixa etária, ainda era bem maior que no estado como um todo e chegava a mais da metade: 54,0% dos idosos eram ativos, a maior proporção para esse grupo etário entre as capitais.
Na Bahia, 57,7% dos adultos avaliavam a própria saúde bucal como boa ou muito boa, menor percentual do país
Em 2019, a Bahia tinha a menor porcentagem de adultos que avaliavam a própria saúde bucal como boa ou muito boa: 57,7% ou 6,434 milhões de pessoas. A proporção foi bem menor que a do Brasil como um todo (69,7%). Os maiores percentuais foram registrados em Santa Catarina (77,2%) e Distrito Federal (76,0%).
Entre as capitais, Salvador tinha a terceira menor porcentagem de autoavaliação positiva da saúde bucal: 64,5%, o que representava 1,476 milhão de adultos que achavam sua saúde bucal boa ou muito boa. A proporção soteropolitana era maior apenas que as de Fortaleza/CE (60,7%) e Boa Vista/RR (62,1%) e empatava com a de Teresina/PI (64,5%). As maiores taxas de aprovação da própria saúde bucal, em 2019, ocorreram em Florianópolis/SC (81,4%) e Manaus/AM (79,8%).
Na Bahia, a satisfação com a própria saúde bucal era um pouco menor entre as mulheres (56,6% avaliavam como boa ou muito boa) do que entre os homens (59,5%). Porém, essa tendência se invertia em Salvador (64,2% para os homens, 64,8% para as mulheres) e no Brasil (68,3% dos homens, 70,9% das mulheres).
A autoavaliação da saúde bucal tendia a melhorar nos grupos de maior rendimento domiciliar per capita. Na Bahia, a pior avaliação estava entre as pessoas sem rendimento até 1/4 de salário mínimo (44,1% achavam boa ou muito boa), enquanto as pessoas com maior renda (mais de 5 salários mínimos) tinham a maior proporção de autoavaliação positiva (86,1%). Já em Salvador, entre os adultos na faixa mais alta de renda, 90,3% avaliavam sua saúde bucal como boa ou muito boa.
Na Bahia, embora 9 em cada 10 adultos (90,9%) afirmassem escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, só pouco mais da metade (53,9%) usavam escova, pasta de dente e fio dental para a limpeza bucal. Já em Salvador, 95,9% das pessoas de 18 anos ou mais de idade escovavam os dentes pelo menos duas vezes por dia, e o uso de escova, pasta e fio dental foi relatado por 70,1% dos adultos.
Em 2019, na Bahia, 1 em cada 4 adultos (25,4% ou 2,836 milhões de pessoas) já havia perdido 13 ou mais dentes. Era a quarta maior proporção entre os estados e superior à média nacional (21,3%). Acima da Bahia estavam Ceará (28,9%), Paraíba (27,9%) e Rio Grande do Norte (26,5%). Em Salvador, a percentagem dos que tinham perdido 13 ou mais dentes era bem menor (12,4%).
Além disso, 1 em cada 10 adultos baianos (9,5%) já havia perdido todos os dentes em 2019, percentagem um pouco maior que a nacional (8,9%). Quase a totalidade dessas pessoas tinha 40 anos ou mais de idade (99,0% ou 1,046 milhão de 1,056 milhão). A proporção de adultos que já tinham perdido todos os dentes era bem menor em Salvador (2,8%, o que representava um total de 64 mil pessoas).