O presidente Jair Bolsonaro não vai depor no inquérito que apura suposta influência na Polícia Federal. Em documento enviado nesta quinta-feira (26) ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, a Advocacia-Geral da União afirma que o presidente “declina do meio de defesa” de se explicar às autoridades e pede que o inquérito seja encaminhado à PF para elaboração de relatório final.
“A publicização do inteiro teor de gravação da reunião ministerial de 22 de abril de 2020 demonstrou completamente infundadas quaisquer das ilações que deram ensejo ao presente Inquérito, o mesmo valendo para todos os demais elementos probatórios coletados nos presentes autos”, afirma petição assinada pelo advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Junior. A AGU também cita que o prazo de prorrogação concedido às investigações está chegando ao fim.
“Assim, o peticionante vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado unicamente por meio presencial no referido despacho, aliás, como admitido pelo próprio despacho, e roga pronto encaminhamento dos autos à Polícia Federal para elaboração de relatório final a ser submetido, ato contínuo, ainda dentro da prorrogação em curso, ao Ministério Público Federal”, disse a AGU.
O inquérito apura acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, após a sua saída da pasta.
R7