Um grupo de pessoas iniciou um protesto na manhã desta segunda-feira (30) no bairro de Mussurunga, em Salvador, pedindo justiça após uma ação da Polícia Militar que resultou na morte de três pessoas e deixou um ferido, na madrugada de sábado (28).
Parentes de um dos mortos, Gabriel Guimarães, de 18 anos, se reuniram com faixas e bandeiras, cobrando investigações da PM. Segundo os manifestantes, ele não era envolvido com a criminalidade e prestava serviço em uma empresa de construção civil em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.
O grupo afirma que Gabriel morava em Vila de Abrantes, em Camaçari, e havia ido a Mussurunga passar o dia na casa de parentes. Ele estava dentro de um bar no momento da chegada da polícia, foi encurralado pelos agentes e executado dentro do estabelecimento.
A Polícia Militar apresentou armas e drogas que foram apreendidas na ação. Mas a família de Gabriel diz que o material foi “plantado” pela polícia para incriminá-lo.
De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o fluxo de veículos na via principal não foi interrompido na região. Uma equipe da Polícia Militar acompanha a movimentação, que ocorre de maneira pacífica.
Ação policial
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, equipes de uma unidade especializada da PM faziam ronda de rotina em Mussurunga, quando encontraram cerca de 20 homens armados na localidade de Colinas de Mussurunga, na madrugada de sábado (28).
Segundo o órgão, o grupo estava preparado para atacar uma facção rival. Na tentativa de cercar o bando e realizar a prisão, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram à ação. No confronto, três homens ficaram feridos e uma quarta pessoa foi atingida e encaminhada ao Hospital Menandro de Farias.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foram apresentados na unidade três revólveres, de calibre 45, 38 e 32, munições e porções de drogas apreendidos na ação.
G1