Uma das coisas mais desagradáveis que podem acontecer com o motociclista é a bateria da moto deixá-lo a pé. Seja por idade avançada ou porque a moto ficou parada muito tempo, na hora em que se vai sair para o trabalho ou um passeio, só se escuta um “clec” – e nada de o motor virar… Acontece muito, mas dá para tentar evitar.
O primeiro passo é escolher a bateria certa para a sua moto. E essa informação está naquele que entende mais da sua moto do que você mesmo, ou que seu mecânico “expert”: o manual do proprietário. Na hora de trocar a bateria, não tenha dúvida – siga rigorosamente as especificações que constam lá!
Você pode mudar de marca, mas não as especificações. Isso porque cada moto trabalha com uma determinada amperagem e voltagem, e a bateria que vem nela de fábrica – e cujas especificações devem ser mantidas – vai proporcionar não apenas partidas adequadas, como também vida útil longa para vários componentes. Pode acreditar: trocar regulador de voltagem, bobinas e estator, entre outras peças da parte elétrica, nunca é barato.
Um bom critério a levar em conta na hora de escolher sua bateria é o CCA (Cold Cranking Ampère – Corrente de Arranque a Frio). É um número que sempre consta no adesivo colado à bateria. Basicamente é o seguinte: o CCA indica a corrente máxima que a bateria pode fornecer na partida, o que é sua principal função no veículo.
Quanto maior for o número do CCA, melhor será o desempenho da bateria. E mais vezes ela permitirá partidas com força, mesmo em sequência (quando a moto insiste em não pegar porque está afogada ou por qualquer outro motivo). Uma bateria com CCA baixo já começa a enfraquecer na terceira tentativa.
Outro aspecto que pode ser levado em conta é a garantia – quanto mais extensa, maior é a confiança do fabricante no produto e, provavelmente, melhor é sua qualidade. Também pense no tamanho adequado da bateria, para que se encaixe perfeitamente no compartimento a ela destinado na moto, e no tipo de bateria: se é com ou sem manutenção, de gel ou do tipo AGM. Estas são as mais modernas, pois usam separadores de lã de vidro que absorvem a solução eletrolítica.
Uma boa forma de garantir longa vida útil à bateria da moto e deixá-la conectada a um “battery tender” – nome em inglês para os chamados “carregadores inteligentes”. São dispositivos que ficam ligados à bateria da moto e também a uma tomada. Assim, mantém a carga da bateria no nível ideal pelo tempo que for necessário. A moto pode ficar parada um mês, que você chegará ali e vai pegar de primeira (pelo menos se for injetada…).
De uma forma ou de outra, repetimos a regra de ouro: siga as especificações que constam no manual. Nos últimos tempos, muita gente tem instalado bateria de no-break de computadores nas motos de baixa cilindrada. Como são bem mais baratas do que baterias para motos, isso seria uma grande vantagem. Funcionam? Sim, funcionam. Mas, a longo prazo, podem comprometer os componentes que citamos lá em cima.
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