Com o crescimento dos casos de Covid-19 em uma chamada “segunda onda” da doença, as festas de fim de ano serão diferentes. Ao invés de grandes reuniões com avós, tios, primos e demais familiares, o Natal esse ano deve ser celebrado em pequenos grupos. O Ano Novo também não deve passar incólume e especialistas orientam que população siga em casa, evitando as típicas aglomerações nas praias ou festas privadas.
“Não é o momento de sentar todo mundo na mesa, com avô, avó, pai ou parente mais velho. Devemos limitar essas reuniões de final de ano as pessoas que já vivem na casa para evitar eventualmente a contaminação de alguém mais vulnerável e que isso gere consequências mais graves”, defende o infectologista Matheus Todt, da S.O. S. Vida.
De acordo com ele, o sacrifício é temporário e fundamental para frear um novo pico da doença. “Quanto mais a gente se ater as medidas de restrição, com isolamento, mais rápido vamos voltar ao normal”.
Apesar da representatividade e importância da tradição natalina para a cultura ocidental, a psicóloga da S.O.S. Vida Cláudia Cruz destaca que é fundamental compreender que estamos em um ano atípico. “Convivemos com um vírus letal e de fácil contaminação e o cenário epidemiológico também não está favorável, demonstrando que a doença continua avançando e atingindo muitas famílias. Assim precisamos preservar o que temos de mais valioso, que são nossas vidas. Nesse sentido, é preciso adaptar formas diferentes e mais seguras para celebrar essa data importante”, pontua.
Para ela, é possível usar a tecnologia para promover encontros virtuais, respeitando o distanciamento social, encurtando distâncias, além de promover a integração. “A essência do Natal não precisa se perder pelo fato da celebração ocorrer de forma diferente dos anos anteriores. O convite é para que possamos nos reinventar, transformando dificuldades em desafios para serem enfrentados e vencidos”, defende a psicóloga.