A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) formalizou nesta sexta-feira (8) o pedido de autorização de uso emergencial da vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, após uma semana de reuniões com representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O processo, diferente do registro sanitário (mais amplo), tem prazo estipulado pela própria agência para ter um desfecho nos próximos dez dias, desde que não haja pendências.
“Segundo as normas brasileiras, toda vacina com autorização para uso emergencial só poderá ser ministrada a uma população específica e restrita. Para garantir o acesso de toda a população às vacinas a serem produzidas pela Fiocruz, o processo de submissão continuada, junto à Anvisa, para pedido de registro definitivo segue normalmente, com previsão para acontecer até 15 de janeiro”, afirmou a Fiocruz nesta sexta-feira (8), por meio de nota.
Como no caso da CoronaVac, que também fez a mesma solicitação hoje, a Anvisa informa que já iniciou a triagem dos documentos apresentados pelo laboratório.
O pedido da Fiocruz é para o uso de 2 milhões de doses, que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia. Nesta semana, houve um impasse com o governo do país, que teria barrado as exportações do produto para priorizar a demanda interna.
Entretanto, o governo brasileiro afirmou que não há qualquer proibição formal para que isso aconteça.
A Fiocruz depende de importações para que o Ministério da Saúde garanta o início da campanha de vacinação contra a covid-19 no país. A produção nacional só deve começar no segundo semestre, na planta de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro.
R7