Foto: Jefferson Peixoto/Secom
O descarte irregular de lixo acarreta numa série de problemas para a cidade. Isso porque os resíduos entopem bueiros e galerias pluviais, o que consequentemente resulta em alagamentos em dias chuvosos. Além disso, o montante contamina rios e mares, destrói a flora e fauna aquática e contribui para a proliferação de doenças.
Em Salvador, a rotina de limpeza de canais tem escancarado problemas no descarte do lixo doméstico. Sofás, cadeiras, colchões, carcaças de geladeiras e até de carros já foram encontrados por agentes da Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), órgão responsável pela conservação dessas estruturas.
Nesta semana, o Rio Camarajipe, considerado o maior curso de água da capital baiana por cortar vários bairros e comunidades desde a BR-324 até a Pituba, foi retrato deste triste exemplo. No trecho da Avenida Magalhães Neto, houve flagrante de diversos detritos sendo levados para a orla marítima após a precipitação de fortes chuvas.
Segundo a Seman, a situação é resultado de um problema recorrente de lançamento irregular de esgoto e de lixo por uma parcela de moradores que residem, sobretudo, nas margens do rio. O titular da pasta, Luciano Sandes, reforça que a população precisa colaborar com o poder público no combate a essa prática.
“É necessário que os cidadãos se conscientizem de que o canal, o leito de água, não é para jogar resíduos sólidos, seja ele de que tipo for. Os canais precisam fluir livremente, sem nenhum objeto que possa impedir ou dificultar a sua veiculação hídrica”, alerta o gestor.
Serviço – A Operação de Limpeza e Dragagem dos Canais, realizada rotineiramente pela Seman, tem como objetivo garantir o pleno funcionamento do sistema de drenagem da cidade. O trabalho é feito de forma mecanizada com escavadeiras hidráulicas e também manualmente dentro das galerias subterrâneas, por meio de equipamentos de alta pressão para a retirada de expurgos.
O serviço é executado de forma preventiva, corretiva e quando são identificados pontos de acúmulo de água. No ano passado, 98 canais foram limpos, englobando mais de 35 mil metros de serviço.
“A limpeza dos canais segue programação apoiada numa agenda da Defesa Civil de Salvador (Codesal), que sinaliza quais são os canais que apresentam algum tipo de problema de alagamento em decorrência de chuva. Além disso, nós temos a manutenção rotineira que é oriunda da visita dos nossos técnicos que também fazem a fiscalização dos canais”, explica Sandes.
As ações de macrodrenagem executadas pela pasta visam restaurar ou manter o fluxo dos canais. Estas ações não contemplam, de forma prioritária, as situações que envolvam esgotamento sanitário, controle de zoonoses e problemas de caráter socioambiental.
Descarte certo – Para fazer o descarte de lixo doméstico de forma correta, a orientação é que o cidadão procure o ponto de coleta mais próximo. Outra opção é colocar os resíduos defronte à própria casa, no horário próximo à passagem dos compactadores da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
No caso de bens inservíveis, como carcaças de objetos e restos de móveis, o proprietário pode descartar o material no EcoPonto localizado na Rua Wanderley de Pinho, s/n, no Itaigara – acesso via ACM, atrás do HiperPosto BR. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 7h às 17h.
Quem joga lixo em logradouros públicos comete infração e está sujeito a pagamento de multa, que pode variar de R$ 89 a R$ 2,6 mil. Em caso de reincidência, os valores podem dobrar.
