O anúncio do fechamento das três fábricas da Ford em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), onde são feitos os veículos da Troller (empresa do grupo), trouxe uma incógnita a respeito do preço das peças de reposição e da manutenção dos veículos agora descontinuados pela marca.
Importante lembrar que, segundo o Código de Defesa do Consumidor, a marca é obrigada a cumprir o prazo de garantia, que é de três anos, para toda a linha de veículos, incluindo Ka, Ka sedan e EcoSport além da Ranger, Territory e Edge. Até mesmo serviços já previstos como Assistência 24h – Ford Assistance, não podem ser alterados segundo a legislação.
No caso dos carros que eram fabricados aqui, como o Ka, Ka sedan e EcoSport, poucos componentes são importados. Boa parte das peças mecânicas, como amortecedores, buchas, sistemas de alimentação do motor, e até partes, como para-choques, vidros e forrações, são feitas no Brasil.
O R7 consultou três fabricantes que afirmaram de forma unânime que a atual demanda de peças para a fábrica já não era muito grande. A maioria dos componentes já era oferecida para grandes distribuidores de peças o que não mudará nem o preço nem a disponibilidade.
Como estes veículos sempre foram modelos de alto volume de produção, sempre houve uma demanda grande para peças com farta disponibilidade. Ao longo dos anos a Ford produziu pouco mais de 1,3 milhão de unidades de Ka, 500 mil EcoSports (da atual geração) e dois milhões de unidades do extinto Fiesta.
No caso dos componentes importados, há distribuidoras e autopeças com estrutura física e virtual. Modelos já antigos, fora de linha, como Explorer, F150, Taurus e Mondeo, sempre têm peças disponíveis. A variável fica por conta do dólar, que só em 2020 subiu 30%, afetando diretamente o valor de componentes importados.
R7