O décimo segundo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), relativo a dezembro do ano passado, confirmou a produção baiana de 10 milhões de toneladas (ton.) de cereais, oleaginosas e leguminosas em 2020, o que representou uma expansão de 21,5% na comparação com 2019. O LSPA, divulgado nesta quarta-feira (13), é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sistematizado e analisado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). As áreas plantada e colhida ficaram projetadas em 3,1 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma ligeira retração de 0,4% na comparação interanual. Dessa forma, a produtividade média dos grãos estimada é de 3,2 ton./ha, cerca de 21,9% superior à do ano passado.
“Este foi o melhor resultado da série histórica da pesquisa, mesmo num ano marcado pela pandemia do Coronavírus, com destaque para a soja, milho, cana-de-açúcar, cacau e café. Portanto, esta expansão recorde comprova a eficiência das políticas públicas do Governo do Estado de estímulo à produção agrícola na Bahia”, ressalta o secretário estadual do planejamento, Walter Pinheiro.
A soja ficou estimada em cerca 6,1 milhões de ton., a segunda maior da série histórica do levantamento – inferior apenas à de 2018 (6,2 milhões de ton.). Com isso, houve expansão de 14,3% em relação ao volume produzido em 2019, com área colhida de 1,6 milhão de ha (2,6% acima da safra anterior) e rendimento médio de 3,8 ton./ha (11,5% maior que 2019).
A safra de milho encerrou o ciclo com 2,6 milhões de ton., alta de 49,3% em relação a 2019, em 624 mil ha plantados. A primeira safra do cereal foi responsável por 1,8 milhão de ton. (31,8% acima de 2019) em 363,5 mil ha. Por sua vez, a estimativa da segunda safra ficou em 800 mil ton. com expressiva alta interanual (135,5%) em 260 mil hectares colhidos.
A produção total de feijão ficou mantida em 290 mil ton., mesmo patamar de 2019. A área colhida totalizou 424 mil ha (8,8% inferior a 2019). A primeira safra de 135,9 mil ton. teve recuo de 21,4% em relação ao ano anterior. A contribuição da segunda safra foi de 154,2 mil ton., alta de 31,1% na comparação anual.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE manteve projeção de 5,1 milhões de ton., alta de 22,4% em relação à safra anterior. A estimativa de cacau ficou mantida em 118 mil ton., alta de 12,4% na comparação com 2019.
A produção total de café ficou estimada em 246 mil ton. este ano, um crescimento de 36,3% na comparação anual. A safra do tipo arábica ficou projetada em 120,5 mil ton., variação anual de 66,4%; e a do canéfora, em 125,5 mil ton., correspondendo a uma expansão de 16,1% na comparação com 2019. Por sua vez, as lavouras de banana, laranja e uva mantiveram, respectivamente, recuo de 18,3%, 0,7% e 38,8% em relação à safra anterior.
A produção de algodão (caroço e pluma) ficou mantida em torno de 1,48 milhão de ton., um patamar próximo ao da safra anterior (1,5 milhão de ton.). A área colhida de 315 mil ha teve recuo de 5,1% na mesma base de comparação.
As projeções ainda indicam uma produção de 963 mil ton. de mandioca, mantendo-se estável em relação à safra anterior. A previsão para cebola é de alta de 3,9% em relação à colheita anterior, totalizando 302,4 mil toneladas. A estimativa para o tomate, no entanto, ficou em 241,2 mil ton., que corresponde a uma retração de 12,5% sobre a safra 2019.