O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira (26) que empresas têm mais “flexibilidade” do que o governo para fazer compras, o que facilita a aquisição de vacinas. A afirmação se dá após o governo assinar uma carta de intenções apoiando a tratativa feita por empresas brasileiras para a compra de 33 milhões de doses da vacina da Astrazeneca. As empresas teriam que doar metade das doses ao SUS (Sistema Único de Saúde), e o restante poderiam usar para aplicar em seus funcionários.
Para Mourão, o plano não prejudica o PNI (Programa Nacional de Imunização) e fortalece a economia, ao permitir a vacinação dos empregados, “adiantando” um serviço que seria feito pelo poder público.
O vice-presidente lembrou fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a vacinação em massa irá permitir a volta à atividade normal, e citou vantagens na aquisição dos imunizantes por empresas, como a possibilidade de adiantar parte dos pagamentos.
“O governo não pode fazer esse tipo de adiantamento. Então uma empresa privada tem muito mais flexibilidade do que um governo para fazer compras. Essa é a realidade. E o governo vem adquirindo todas as vacinas necessárias”, disse Mourão nesta terça, a jornalistas.
Sobre a possibilidade de que faltem vacinas ao plano nacional, Mourão disse que a quantidade é insuficiente em todo o mundo. “E nós estamos conseguindo, dentro das nossas possibilidades e dentro dos acordos que foram feitos. Vamos acreditar”, disse.
R7