O brasileiro Breno Henrique da Silva, 22, foi condenado, na última quarta-feira (3), a 9 anos de prisão, acusado de uma série de crimes, que envolvem sequestros e assaltos à mão armada. Seria um notícia corriqueira, se não fosse o fato de que ele mora em Somerville, no estado de Massachusetts (EUA), e é apontado como membro de uma gangue que se inspira no PCC.
Segundo a promotoria local, Breno faz parte de um grupo conhecido como Primeiro Comando de Massachusetts (PCM), formado principalmente por brasileiros e ligado a crimes como tráfico de drogas e armas, assaltos, sequestros e agressões, cometidos em Boston e cidades da região metropolitana, como Malden, Everett, Somerville, Framingham, Peabody e outras. Ele também tem outras passagens por porte de armas e drogas.
Ele é um dos 14 membros da gangue que foram presos em uma ação policial em abril de 2019 e o primeiro a ser condenado. O grupo teria se formado no estado da costa leste norte-americana por volta de 2017 e desde então já estava sendo investigado pelas autoridades.
Em outubro do ano passado, Breno se declarou culpado de conspiração para cometer crimes como fraudes e roubos. Ele admitiu ter cometido assaltos à mão armada em janeiro de 2019 em Framingham e Stoughton, segundo a promotoria.
Ele também admitiu ter sequestrado uma mulher em Peabody em fevereiro daquele ano. Breno e um comparsa, Edson da Silva (que não é seu parente), raptaram a vítima na frente de sua casa e a levaram para outro imóvel na cidade de Maynard, onde ela foi ameaçada com uma arma.
Segundo as investigações, as ameaças serviriam para que ela ajudasse o PCM a cometer um atentado contra um membro de uma gangue rival.
Depois que cumprir sua pena de 9 anos, Breno da Silva, que mora ilegalmente nos EUA, será deportado de volta ao Brasil. Outros membros do grupo ainda aguardam suas sentenças.
R7