A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (4) uma operação que visa desarticular uma organização criminosa estabelecida na Bahia especializada no tráfico internacional de drogas.
Mais de 50 policiais federais dão cumprimento a cinco mandados de prisão (duas preventivas e três temporárias) e 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Salvador. As ações ocorrem em Salvador, Lauro de Freitas e Porto Seguro, na Bahia; e em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai. Um dos alvos de mandados de prisão atuava na Polícia Militar da Bahia até janeiro deste ano.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores depositados em contas bancárias, em nome de 11 pessoas físicas e jurídicas investigadas.
A Operação Ikaro II, que consiste na segunda fase da Operação Ikaro, deflagrada em junho de 2020, e conta com o apoio da Polícia Militar do Estado da Bahia.
De acordo com a PF, o grupo criminoso fazia o transporte das drogas em voos comerciais para a Europa, sendo o entorpecente geralmente escondido em bagagens. Para isso, o principal modus operandi era a cooptação de “mulas”, que ficam responsáveis pela realização do transporte.
Ainda segundo a PF, as prisões de novos integrantes da organização criminosa decorrem da análise do material apreendido na primeira fase da operação, e da identificação da movimentação de valores realizado entre os investigados para concretizar a prática da atividade criminosa.
Entre os meses de janeiro e fevereiro do ano de 2020, foram realizadas sete prisões em flagrante nos Aeroportos Internacionais Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e Antônio Carlos Jobim – Galeão, no Rio de Janeiro. Na maioria dos casos, tratava-se de casais tentando transportar cocaína para Lisboa, Portugal, de forma oculta em suas malas.
A semelhança do modo de atuação e das circunstâncias levaram à identificação do envolvimento de uma mesma organização criminosa em todos os casos, cujos integrantes são alvo das medidas judiciais cumpridas na presente data.
Durante as investigações, foi apurado que, em caso de êxito, cada “mula” que realizava a viagem recebia aproximadamente R$ 15 mil, gerando um lucro superior a R$ 500 mil para a organização criminosa, dependendo da quantidade de droga transportada.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de organização criminosa e tráfico internacional de drogas.
G1