Um dos indicados ao Globo de Ouro, premiação do cinema e da TV, que acontece neste domingo (28), nos EUA, já sabia que não iria receber o prêmio.
Chadwick Boseman, ator de ‘Pantera Negra’, que morreu em agosto, é um dos destaques da premiação com o filme “A Voz Suprema do Blues”, o seu último trabalho. Por sinal, considerado o mais brilhante deles. Tanto que levou o troféu de Melhor Ator…
Segundo a crítica especializada, Boseman surge no filme com uma atuação pulsante de quem sabia que não teria muito tempo neste mundo. O personagem vivido por ele ao lado de nomes de peso como Viola Davis é o malandro que esconde uma dor crescente alimentada pela amargura, ressentimento, ilusão, violência, descrença em Deus e desejo de vingança. Uma despedida e tanto para uma carreira brilhante, que terminou precocemente.
Boseman morreu em agosto de 2020, aos 43 anos, de câncer. Lutava desde 2016 contra a doença e nunca havia falado publicamente sobre isso.
Foi o primeiro ator negro a viver um protagonista héroi em filme da Marvel. Adorado pelo público e pela crítica, ‘Pantera Negra’ bateu recordes de bilheteria e se tornou o primeiro filme baseado em quadrinhos a concorrer a um Oscar de Melhor Filme.
Boseman morreu no auge. Um novo ‘Pantera Negra’ já estava acertado. Filmou com Spike Lee, que não tinha ideia de sua doença.
‘A Voz Suprema do Blues’, filme que lhe rendeu indicação e o prêmio Globo de Ouro de Melhor Ator, foi o último longa de Chadwick Boseman. Durante as gravações, ele estava no estágio final da luta contra a doença e sabia que não lhe restava muito tempo.
Ninguém do elenco sabia disso, nem o diretor, George Wolfe. Boseman não queria tratamento diferenciado por conta do câncer.
Para os colegas, Boseman estava disposto a deixar tudo no set de filmagem. As cenas dele, de tão intensas, chamavam a atenção de todos pelo vigor em ação, escorado em um corpo mais magro por conta da doença. Boseman dizia nos bastidores que esse seria o trabalho de uma vida. E foi. Ele queria se despedir em grande estilo, e assim o fez.
R7