Salvador tem, nesta quinta-feira (4), 85% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com número tão próximo da lotação máxima, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, alertou para um possível colapso e falou sobre medidas que a capital pode tomar.
Uma dessas é usar ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) como leitos provisórios, até que vaguem leitos apropriados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais.
“Efetivamente, o que é o colapso? É as UPAs terem que fechar as portas e os pacientes que estão lá dentro a gente não conseguir regular por não ter disponibilidade de leitos. Há esse risco, nós estamos fazendo várias manobras internas. Nós temos 60 ambulâncias do Samu e estamos ampliando para 70. E talvez tenhamos que usar essas ambulâncias, provisoriamente, como se fosse um leito. Estacionando nas áreas externas das UPAs, para ficar com o paciente dentro da ambulância”.
“Estamos adotando todas as medidas que estão ao nosso alcance, para evitar que isso ocorra e precisamos do apoio da população”
Durante toda a semana, o prefeito e o secretário de Saúde do município, Léo Prates, alertam sobre os dados de internações na capital baiana. Na quarta-feira, Léo disse que a cidade enfrenta um cenário de guerra.
“Como o paciente de coronavírus é de longa permanência, a tendência é diminuir o índice de regulação se a gente não abrir novas vagas. A gente passar a regular não mais 70 por dia, 65, ou 60. Porque o sistema de saúde vai ficando estrangulado. E está tendo mais entrada do que saída, por isso está gerando esse acúmulo de pessoas nas UPAs. Estamos em um cenário de guerra”, disse ele.
Nesta quinta, o prefeito voltou a falar sobre os números inflados e também falou sobre os relatos dos médicos que trabalham com os pacientes.
“Às vezes a gente fala, apresenta os números, e as pessoas não querem entender. Principalmente quem fica nesse momento reagindo às nossas medidas. Os pacientes estão aguardando por terapia intensiva, alguns já nas UPAs. Temos relatos nas redes sociais, de médicos do Samu que, desde as 3h de ontem [quarta, 3] não conseguia que os pacientes fossem recebidos nos hospitais de campanha”.
G1