O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) fez hoje (22) operação para cumprir três mandados de prisão e 27 de busca e apreensão contra a organização criminosa responsável pela movimentação financeira e lavagem de dinheiro do ex-capitão da Policia Militar Adriano da Nóbrega, expedidos na sexta-feira (18). Ele ficou foragido até fevereiro de 2020, quando foi morto por policiais militares no interior da Bahia.
Segundo o MPRJ, a ação deflagrada hoje é um desdobramento das investigações que culminaram na Operação Intocáveis I movida contra integrantes da milícia de Rio das Pedras, cujo líder era Adriano da Nóbrega, que também exercia forte influência sobre o grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.
Desta vez, de acordo com o MPRJ, os denunciados são integrantes da rede de apoio de Adriano da Nóbrega, responsáveis por lavar o dinheiro obtido em suas práticas criminosas. Entre os alvos está a viúva de Adriano, Julia Emilia Mello Lotufo.
Nove pessoas, entre elas um sargento e um soldado da Polícia Militar, foram denunciadas junto à I Vara Criminal Especializada da Capital por crimes de associação criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia, sob o comando de Adriano, os denunciados praticaram crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro em favor do miliciano. De acordo com as investigações, as manobras visavam à ocultação e dissimulação da origem do dinheiro ilegal obtido por meio dos crimes.
A Justiça determinou o sequestro de um haras, de automóveis e bloqueio de bens de R$ 8,4 milhões, correspondentes ao valor mínimo constatado em movimentações pelos criminosos. Os mandados são cumpridos em diversos endereços na capital fluminense, além de Niterói e Guapimirim.
Agência Brasil