A PF (Polícia Federal) cumpre, nesta quinta-feira (25), três mandados judiciais, no Distrito Federal, ligados à investigação da quadrilha que usou aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para enviar drogas à Espanha.
A ação recebeu o nome de Operação Quinta Coluna, que também investiga a lavagem de dinheiro por meio do tráfico.
De acordo com a PF, a ação de hoje tem o objetivo de coletar mais provas da associação de um militar da FAB, o qual seria responsável pelo recrutamento de “mulas” com pessoas relacionadas ao tráfico de drogas.
Os mandados foram expedidos pela 12ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal com base na análise de documentos apreendidos na fase anterior da operação.
Em fevereiro, outra etapa da operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e 2 mandados que limitam a comunicação entre pessoas, além de proibir a saída do Distrito Federal.
Em junho de 2019, o segundo sargento Manuel Silva Rodrigues, de 38 anos, foi preso em Sevilla suspeito de transportar 39 quilos de cocaína. Ele estava na comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que estava em visita ao país. Rodrigues é lotado no GTE (Grupo de Transporte Especial) da FAB.
A Justiça Federal do Distrito Federal ainda determinou o sequestro de imóveis e veículos dos envolvidos no esquema criminoso.
As investigações demonstram que, além do sargento preso na cidade de Sevilha, na Espanha, outras pessoas se associaram ao militar para a prática do crime de tráfico de drogas. De acordo com o que foi apurado, pelo menos mais uma remessa de entorpecente foi enviada à Espanha.
Também é investigado o crime de lavagem de dinheiro. Para isso, o grupo adquiria veículos e imóveis com pagamentos em altos valores, sempre em espécie.
As investigações não se confundem com os processos por tráfico internacional de drogas que tramitam na Justiça Militar.
Os crimes de associação para o tráfico e lavagem de dinheiro têm penas que vão de 3 a 10 anos de prisão.
R7